VONTADE DE ABRAÇAR VOCÊ

Hoje eu acordei com uma vontade imensa de abraçar você. O que devo fazer? Você está longe dos meus braços voluptuosos, o que devo fazer? Você está linda, aliás, você é linda; você está, como sempre, cheia de romantismo; você tem também um coração enorme – o que mais falta? Está também com a pele fresca... E teu sorriso dá mais graça a teu corpo bonito, porém, você está, também, a quilômetros e quilômetros de distância.

O meu corpo ama o teu como situação mais que incrível, a distância entre nós é enorme, mas, o tamanho do nosso amor, creio, de se medir, é impossível. Coisas inimagináveis são as habilidades de dois corações apaixonados, presos, e um ao outro acorrentado, mas que nem se podem afagar-se num simples abraço... E no meu rosto, além do sono, esta vontade estava estampada...

Desperdício é as pessoas se terem assim tão perto e terem também uma faísca de atração comum – um amor fraternal, maternal, uma amizade, uma paixão – e não abraçarem-se. Um abraço é mais válido que palavras e, em certos momentos, é quem define o limite ou a prosperidade de um sentimento... Pois, o sentimento é medido pela resistência dos envolvidos, e quando ambos não mais resistem, a entrega é imprescindível e bem vinda. Justamente aí é que o abraço é inevitável.

O abraço é, ao mesmo passo, a junção de corpos amantes e a afeição de almas sensíveis e atraídas, seja como for. Um abraço tomado de paixão é a medida máxima de dois que não mais se resistem. Eu não mais consigo evitar, que seja um travesseiro, que seja o meu cobertor, abraço-os tentando achar você, mas nada responde! objetos não respondem, não têm sentimentos, não têm o calor seu. Estou ficando louco.

Dentre minhas teorias infundadas, a mais coerente diz: “Seu corpo e alma, como objetos do meu amor, de mim fazem parte. O mesmo ocorre com meu corpo e alma em relação a você. E fomos separados em qualquer lugar remoto da história e devemos nos juntar novamente: devemos nos abraçar...” Corra, amor, talvez algo sério aconteça se não ficarmos juntos! Uma tempestade!? um dilúvio!? Não, mas, um coração despedaçado...

Minha Pétala, não quero que fuja do seu corpo qualquer sentimento bom. Quero o contrário, quero completar você de um modo melhor, quero tratar o nosso amor a carinhos contínuos e afetos infinitos. Amor, deixa-me sempre bem, teu cheiro, teu sorriso, tua textura... Amo você em todos os sentidos e com todos os sentidos. Quero você mais radiante possível, menina afável, se demonstra felicidade no teu aroma, que sejas sempre, como a mim se apresenta: uma rosa.

As tempestades, os dilúvios que lhe falei são puramente para chantagem emocional... Vê, amor! eu não tenho, como diz sempre, habilidade com as palavras, na verdade, só as tento dominar para servi-las a você; nem sempre consigo. Para fazer você mais feliz, acredite, domo até aquelas tempestades ditas, administro os dilúvios. A pior tragédia é ver você perder seu raro sorriso – eu não quero isso.

O grande poeta que você diz ter habilidade com as palavras, é o mesmo que, diante de você, se embola com as frases e se enrola com os fonemas; é mesmo que não teve a capacidade de adquirir o lindo modo de falar o “s” da minha e da sua região... Mas, tão contrário a isso, veja, o amor é sábio! Pois você disse gostar do jeito como eu falo. E se por vezes fico sem saber o que dizer – veja outra demonstração da sabedoria imensa do amor! Nessas horas, sob seu consentimento, em sonho, ele permite-nos abraçar.