CARTAS AO MEU AMOR
Roberto terminou a carta. A última que Angelina tinha lhe mandado. Ele, na época, terminou de ler, fez as malas e foi para a Europa. Era seu futuro. E, se ela não quisesse muitas ele arranjaria que quisessem.
Parou, com lágrimas nos olhos, como a vida nos ensina por meios obscuros, o mundo nos ensina, e não estava falando do estudo de teorias e ciências complexas, mas das coisas mais simples do universo. O amor, por exemplo. Sim, ele teve muitas mulheres, francesas, cheias de charme e classe, como ele sempre quis, casou e tinha uma filha, que já era uma mulher casada com filhos...Era avô! Acabou de se dar conta disso agora! Meu Deus! Olha eu chamando por Deus! Devia ser palavras que lera nas cartas de Angelina. Era ateu, cientista conceituado sobre genética. Sim, era conhecido. Será que ela, Angelina sabia de suas conquistas? Nunca saberia agora. Quem havia lhe mandado as cartas fora o irmão dela, por maldade, ele mesmo diss, no email que antecedeu a chegada das cartas de sua antiga namorada.