Meu Anjo

Meu anjo

Se acredito em anjos?Anjos, arcanjos, querubins e serafins. Acredito que temos anjos, e eu, um humanizado. Ah!Esse anjo me apareceu com a ternura de como que veio das nuvens, e foi chegando como quem vive a própria felicidade. Um olhar de quem quer pra sempre e o sempre estar. Um encanto... Não há melhor e mais perfeita mistura de anjo e homem, a virilidade e a serenidade. A cada encontro mais desejado, e mais sentido, e mais querido e mais e mais... Não existe nada igual, já tive sentimentos por outrem, mas não assim, e nem por um anjo.

Uma bruma suave, mas que incendeia ao estar perto e deixa o corpo queimando de paixão. A distância e o tempo?Cruéis aliados que me fizeram sonhar as mais lindas fábulas, tanto dormindo quanto acordada, não é possível tirar-te do pensamento, esse anjo em todos os lugares está, nas canções, no pôr-do-sol, no meu berço de nascença, está em mim, sinto-lhe o cheiro.

Às vezes não acredito de tão angelical que é, mas que mesmo angelical não se deixa passar despercebido o pulsar em suas veias, o homem, o toque, o beijo, os abraços de quem não quer que vá, o sussurrar do próprio carinho ao invés das palavras... Esse anjo tem a mais singela face.

Muitas vezes embalei-me após ouvir tua melodia. Certa vez despercebida fez de papel uma flor, como num passe de mágica, ele era o próprio mágico, e eu vivendo a mais bela magia... Surreal! Devolveu-me a alegria de viver e sonhar, me fez caminhar. Que caminho!Que sonho!Meu medo?Era acordar e lá ele não está, não estava, os meus cruéis aliados o tiraram de mim, me acordaram do mais lindo sonho, me trouxeram ao chão, roubaram a minha aquarela. A saudade escorrida nos olhos é quem me faz dormir, me sufoca, me aperta, me perturba. Querer e não poder é a pior das experiências.

Ah!Anjo se voltasse, e me chamasse de flor, de minha, de anjo outra vez. Nem a própria poesia saberia explicar.

Vanessa Rocha

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