23 - estado da arte
hoje
«Quanto à contagem de sílabas, só mesmo naqueles textos que seguem uma "escola", mais burocrática do que criativa», Maria José Limeira.
A afirmação em epígrafe é um atentado contra toda a tradição clássica da poesia, contra o "bom senso" também.
Quanto maior dificuldade o poeta introduz na "praxis" do seu texto/poema, maior tem de ser a sua criatividade para o levar a bom porto.
Actualmente descartamos as regras, só faz sentido se o fizermos procurando novas regras. Cada vez mais pessoais, cada um descobre a sua "abordagem ao texto" para fazer um poema. Viajamos o Presente do "verso branco", no "verso livre", no "versolibrismo"...
Nada contra, muito a favor, mas reconheço que pouco favorece os desfavorecidos pretendentes a poetas que, sem qualquer regra, nem chegam a sentir que se aproximaram da poesia. Apenas a reconhecendo como... uma impressão de libertação – liberta a©ção - das palavras: fonte expressiva onde se expressão e libertam emoções e sentimentos.
Ah!, os que querem libertar pensamentos... são os primeiros a estar perdidos de sentir o poema. No entanto, uns e outros, todos, andamos perdidos enquanto não encontramos uma técnica muito mais profunda, muito mais difícil que a rima e/ou a contagem das sílabas e o rigor estrófico do número de estâncias ou número de versos por estância.
Essa técnica escapa às palavras de todos, não pertence às palavras, é a aprendizagem: a técnica de cada um.
Uns poderão dizer "a minha técnica é não ter técnica", hoje vivemos o subrealismo...
Tenho por técnica um aprendizado lento de viver as palavras por dentro, felizmente não tenho a tentação de explicar um "ismo". Isso foi prática densa no inicio do século XX, fez a sua história. É uma história permanentemente em aberto, para ela... ontem contribui com o "assimetro" praticado pelo Assim, abrindo porta ao "assimetrismo"...
Hoje, contribuo com esta crítica, sobre e não sob ou sub_metido a o "estado da arte".
&
MJLimeira,
Vou mostrar aquilo que posso chamar crítica, a opinião sobre um texto como teste_munho essencial da leitura. Chamo a atenção para como é incompreensível compreender um texto sem o ler, obrigatoriamente é necessária uma "leitura interna". Ler o texto a partir dele, do seu interior, não dos seus reflexos na alma de quem lê... Embora este seja o meu testemunho, o contrário será antí_tes(t)e :)
Numa crítica, o teste é valorizar a leitura do texto, dizendo que valor lhe damos. Já a seguir, crítica sobre o poema que deu a ler: "SUBVERSIVA" de Ferreira Gullar,
http://portalliteral.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/
subversiva.shtml?porelemesmo
crítica sintética
Cá temos versos para dizerem prosa, com uma força que se supõe só a Poesia ter(?) e, como é o caso, quando essa força existe: o poema impõe-se.!.
A poesia é o seXo da arte, está no seu cerne, engravida e faz-nos gravitar a Vida! Viva a poesia e todos que a amam, puta que pariu os poetas!
Sem continuar a crítica ao poema de Gullar, quero dizer francamente, não estou para me chatear. Não sou crítico, não gosto de sê-lo, acho piada a quem gosta de ser uma coisa que é um exercício de pura pesporrência quando incide sobre os outros.*
Exercício essencial, quero dizer em abono da verdade, também para poder desenvolver a ideia. Se não soubermos criticar, não sabemos ler. Se não soubermos ler, não sabemos escrever.
Rio da maioria das críticas literárias, nada acrescentam a um texto, nem o lêem, do mesmo dão a opinião do crítico com o valor de opinião: um sofistico conhecimento, contra o qual se afirmou e desenvolveu a Filosofia. Eu estou estarei sempre nessa linha, no amor pela sabedoria. Sabedoria é procurar saber o sabor do texto não na minha língua que varia como a minha percepção do quente ou frio, do saboroso e do amargo, na Língua. Como é que um texto trata a Língua, como a trabalha, o que diz? O que diz que esteja lá escrito e não seja o que me o_correu, ou ocoRreu, enquanto o lia.
Vou lembrar uma frase que venho de escrever enquanto outro: «A poesia é o seXo da arte, está no seu cerne, engravida e faz-nos gravitar e engravidar a Vida! Viva a poesia e todos que a amam: puta que pariu os poetas!»
Se a poesia é a puta em torno do qual os poetas gravitam e engravidam, haverá alguns que nunca foram à puta: «puta que pariu os poetas!» é agora a libertação dum estigma, vão chamar loucos aos poetas, vão-lhe chamar poetas... vão, vão, vãos!
Ser poeta é actividade de quem escreve versos, reversos da escrita. Versos onde nos revemos, os poetas são os críticos!
Cada um tem os críticos que merece, eu não quero críticos, primeiro têm de merecer-me. Quando souberem ler um texto, cresçam e apareçam. Sou um magnífico a_teu, como os puro sangue que ninguém monta, só sirvo para reprodutor. Quem se quer pôr debaixo de mim? Só a Mim, meu terno eterno amor!
Assim
ontem
www.poetas-somos.org
MUSA
o poema perfeito
seria feito perto
da perfeição
uma cópia
da imaginação
tu_a minha musa!
Assim
Sobre este poema não tenho muito a dizer, se disser tudo. Se disser nada, divago...
O poema acabou de nascer agora mesmo, um pouco na base dum desafio publicitário onde nos pedem para escrevermos uma frase com determinado produto, mar, destino...
Aqui, a frase, o poema, o destino, Poesia. A ideia de escrever "o poema perfeito" deu-me o verso que é dado pelos deuses; seguiu-se a frase onde o desenvolvi, desenvolvida em versos breves. Os quais procuram ter por "perfil" a nitidez da palavra, o caminhar do poema, o passo dado, o seu espaço... Feita a primeira estância, um terceto, quase ficou decidido como seria o poema. A forma assiniana de poetar (não confundir com asinina :) que se compraz em desenvolver uma ideia de poema: ir da "conta que deus fez" até à "unidade"! Deste modo: o três é duplicado, 3 + 3, e dividido: 2 + 1. Há uma visão mística, mitifica o Mito e desmitifica-o numa regra de três simples: os versos estão para o poema, assim como o poema está para uma ideia; a forma desta ideia, é a forma do poema.
Como já corri o risco de nada estar a dizer, divaguei o suficiente mesmo desconhecendo o que é necessário, apenas imaginando seja dar vida à obra. Só me faltará concluir mencionar a assinatura do poema, pertence a Assim. A Assim pertencendo esta "ideia de poema", sobre cuja forma dissertei. Sem dizer um aspecto essencial, a unidade, no poema, é ainda um poema. A ideia do poema-verso está presente neste tipo de composição poética: o assimetro. Se o soneto é italiano o assimetro nasceu dos estudo de "assimmetria", um gozoo... pessoal de heterónimo deduzido de Caeiro, intuído de Pessoa e múltiplo da realidade individual do autor que vos escreve, actor desta performance onde se encena "a ideologia do poeta".
Ficaria longo desenvolver a filosofia subjacente pois, se reduzida a duas linhas de imediato se torna infinita:
as duas linhas paralelas dos dois versos
tendem a encontrar-se nu infinito poema
Para a história do poema, relatar este preciso momento onde lhe foi dada uma nova versão, eliminando:
tu (o) meu desejo!
aqui o deixando ficar com um destaque merecido ou imerecido: emerso onde o mereço, onde o quero e creio.
18-11-2006 1:24:19 [afinal já hoje]
Bom Fim de Semana!
* A minha opinião sobre este parágrafo é a seguinte: todo o crítico escreve dele, para ele e para os outros se para os outros escreve; toda a crítica deveria dizer ao que vem. O Assim parece-me que vem para ficar, não quer ir a lado nenhum: é subversivo.
O Assim quis dar um ar da sua graça..., escreveu e "fui" (como dizem...) disse.
Abraço_s,
R
{Foto: | |
http://www.olhares.com/_/foto831075.html
Autor: Abrito
Con_ti_nua_ção...
http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/278543}
hoje
«Quanto à contagem de sílabas, só mesmo naqueles textos que seguem uma "escola", mais burocrática do que criativa», Maria José Limeira.
A afirmação em epígrafe é um atentado contra toda a tradição clássica da poesia, contra o "bom senso" também.
Quanto maior dificuldade o poeta introduz na "praxis" do seu texto/poema, maior tem de ser a sua criatividade para o levar a bom porto.
Actualmente descartamos as regras, só faz sentido se o fizermos procurando novas regras. Cada vez mais pessoais, cada um descobre a sua "abordagem ao texto" para fazer um poema. Viajamos o Presente do "verso branco", no "verso livre", no "versolibrismo"...
Nada contra, muito a favor, mas reconheço que pouco favorece os desfavorecidos pretendentes a poetas que, sem qualquer regra, nem chegam a sentir que se aproximaram da poesia. Apenas a reconhecendo como... uma impressão de libertação – liberta a©ção - das palavras: fonte expressiva onde se expressão e libertam emoções e sentimentos.
Ah!, os que querem libertar pensamentos... são os primeiros a estar perdidos de sentir o poema. No entanto, uns e outros, todos, andamos perdidos enquanto não encontramos uma técnica muito mais profunda, muito mais difícil que a rima e/ou a contagem das sílabas e o rigor estrófico do número de estâncias ou número de versos por estância.
Essa técnica escapa às palavras de todos, não pertence às palavras, é a aprendizagem: a técnica de cada um.
Uns poderão dizer "a minha técnica é não ter técnica", hoje vivemos o subrealismo...
Tenho por técnica um aprendizado lento de viver as palavras por dentro, felizmente não tenho a tentação de explicar um "ismo". Isso foi prática densa no inicio do século XX, fez a sua história. É uma história permanentemente em aberto, para ela... ontem contribui com o "assimetro" praticado pelo Assim, abrindo porta ao "assimetrismo"...
Hoje, contribuo com esta crítica, sobre e não sob ou sub_metido a o "estado da arte".
&
MJLimeira,
Vou mostrar aquilo que posso chamar crítica, a opinião sobre um texto como teste_munho essencial da leitura. Chamo a atenção para como é incompreensível compreender um texto sem o ler, obrigatoriamente é necessária uma "leitura interna". Ler o texto a partir dele, do seu interior, não dos seus reflexos na alma de quem lê... Embora este seja o meu testemunho, o contrário será antí_tes(t)e :)
Numa crítica, o teste é valorizar a leitura do texto, dizendo que valor lhe damos. Já a seguir, crítica sobre o poema que deu a ler: "SUBVERSIVA" de Ferreira Gullar,
http://portalliteral.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/
subversiva.shtml?porelemesmo
crítica sintética
Cá temos versos para dizerem prosa, com uma força que se supõe só a Poesia ter(?) e, como é o caso, quando essa força existe: o poema impõe-se.!.
A poesia é o seXo da arte, está no seu cerne, engravida e faz-nos gravitar a Vida! Viva a poesia e todos que a amam, puta que pariu os poetas!
Sem continuar a crítica ao poema de Gullar, quero dizer francamente, não estou para me chatear. Não sou crítico, não gosto de sê-lo, acho piada a quem gosta de ser uma coisa que é um exercício de pura pesporrência quando incide sobre os outros.*
Exercício essencial, quero dizer em abono da verdade, também para poder desenvolver a ideia. Se não soubermos criticar, não sabemos ler. Se não soubermos ler, não sabemos escrever.
Rio da maioria das críticas literárias, nada acrescentam a um texto, nem o lêem, do mesmo dão a opinião do crítico com o valor de opinião: um sofistico conhecimento, contra o qual se afirmou e desenvolveu a Filosofia. Eu estou estarei sempre nessa linha, no amor pela sabedoria. Sabedoria é procurar saber o sabor do texto não na minha língua que varia como a minha percepção do quente ou frio, do saboroso e do amargo, na Língua. Como é que um texto trata a Língua, como a trabalha, o que diz? O que diz que esteja lá escrito e não seja o que me o_correu, ou ocoRreu, enquanto o lia.
Vou lembrar uma frase que venho de escrever enquanto outro: «A poesia é o seXo da arte, está no seu cerne, engravida e faz-nos gravitar e engravidar a Vida! Viva a poesia e todos que a amam: puta que pariu os poetas!»
Se a poesia é a puta em torno do qual os poetas gravitam e engravidam, haverá alguns que nunca foram à puta: «puta que pariu os poetas!» é agora a libertação dum estigma, vão chamar loucos aos poetas, vão-lhe chamar poetas... vão, vão, vãos!
Ser poeta é actividade de quem escreve versos, reversos da escrita. Versos onde nos revemos, os poetas são os críticos!
Cada um tem os críticos que merece, eu não quero críticos, primeiro têm de merecer-me. Quando souberem ler um texto, cresçam e apareçam. Sou um magnífico a_teu, como os puro sangue que ninguém monta, só sirvo para reprodutor. Quem se quer pôr debaixo de mim? Só a Mim, meu terno eterno amor!
Assim
ontem
www.poetas-somos.org
MUSA
o poema perfeito
seria feito perto
da perfeição
uma cópia
da imaginação
tu_a minha musa!
Assim
Sobre este poema não tenho muito a dizer, se disser tudo. Se disser nada, divago...
O poema acabou de nascer agora mesmo, um pouco na base dum desafio publicitário onde nos pedem para escrevermos uma frase com determinado produto, mar, destino...
Aqui, a frase, o poema, o destino, Poesia. A ideia de escrever "o poema perfeito" deu-me o verso que é dado pelos deuses; seguiu-se a frase onde o desenvolvi, desenvolvida em versos breves. Os quais procuram ter por "perfil" a nitidez da palavra, o caminhar do poema, o passo dado, o seu espaço... Feita a primeira estância, um terceto, quase ficou decidido como seria o poema. A forma assiniana de poetar (não confundir com asinina :) que se compraz em desenvolver uma ideia de poema: ir da "conta que deus fez" até à "unidade"! Deste modo: o três é duplicado, 3 + 3, e dividido: 2 + 1. Há uma visão mística, mitifica o Mito e desmitifica-o numa regra de três simples: os versos estão para o poema, assim como o poema está para uma ideia; a forma desta ideia, é a forma do poema.
Como já corri o risco de nada estar a dizer, divaguei o suficiente mesmo desconhecendo o que é necessário, apenas imaginando seja dar vida à obra. Só me faltará concluir mencionar a assinatura do poema, pertence a Assim. A Assim pertencendo esta "ideia de poema", sobre cuja forma dissertei. Sem dizer um aspecto essencial, a unidade, no poema, é ainda um poema. A ideia do poema-verso está presente neste tipo de composição poética: o assimetro. Se o soneto é italiano o assimetro nasceu dos estudo de "assimmetria", um gozoo... pessoal de heterónimo deduzido de Caeiro, intuído de Pessoa e múltiplo da realidade individual do autor que vos escreve, actor desta performance onde se encena "a ideologia do poeta".
Ficaria longo desenvolver a filosofia subjacente pois, se reduzida a duas linhas de imediato se torna infinita:
as duas linhas paralelas dos dois versos
tendem a encontrar-se nu infinito poema
Para a história do poema, relatar este preciso momento onde lhe foi dada uma nova versão, eliminando:
tu (o) meu desejo!
aqui o deixando ficar com um destaque merecido ou imerecido: emerso onde o mereço, onde o quero e creio.
18-11-2006 1:24:19 [afinal já hoje]
Bom Fim de Semana!
* A minha opinião sobre este parágrafo é a seguinte: todo o crítico escreve dele, para ele e para os outros se para os outros escreve; toda a crítica deveria dizer ao que vem. O Assim parece-me que vem para ficar, não quer ir a lado nenhum: é subversivo.
O Assim quis dar um ar da sua graça..., escreveu e "fui" (como dizem...) disse.
Abraço_s,
R
{Foto: | |
http://www.olhares.com/_/foto831075.html
Autor: Abrito
Con_ti_nua_ção...
http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/278543}