Saudade
Saudade
Amor meu, que saudade.
Vontade doida de estar entre seus braços,
olhos fechados, perdido nos seus carinhos.
Tanta coisa a dizer e só pensar.
Em tudo. Eu. Você. Nós dois.
O presente e o futuro.
Esse passado tão bom de recordar.
É meu amor, só felicidade.
Esse o nosso destino.
Eu, minha mesa com o queijo e o vinho.
Antônio Carlos e Jocafi no gravador,
a meia luz do abajur, janela aberta,
uma meia Lua e outra estrela...
e esse amor que espera o encontro.
Que saudade!
Vontade doida dos seus lábios.
Nossos beijos.
Carícias não feitas que me torturam o pensamento.
Como a Lua ali no alto que se esconde e não posso alcançar.
Como o pensamento que voa e não satisfaz.
Ah amor!
Como é difícil a espera.
Esse tempo que não passa e a saudade que magoa.
A Lua se foi.
Resta ainda a estrela e a esperança de que amanhã
eu acorde e a encontre ao meu lado.
Não... não quero acordar.
É tão bom sonhar... você!
Um beijo... bom dia amor.
Milano, 14/5/75