Carta de um Pai
Hoje seria mais feliz de todos, minha mulher tinha dado entrada no hospital pra dar luz ao nosso 1° filho que seria recebido com imenso carinho por todos nós. Quando entrei na sala de parto vi que os médicos estavam alterados, talvez seja pela tanto de trabalho que havia lhe sobrecarregado, não permitiram que eu ficasse na sala ao entrar minha mulher segura firmemente minha mão como se fosse uma despedida. Dei um beijo em sua boca e prometi que tudo ia ficar bem no parto sua pressão eleva e começa a dar convulsões e é preciso fazer uma cesariana ao colocar nosso filho no mundo ele tem uma parada cardíaca e morre. Os médicos tentam reanima-la, mas não conseguem, algum tempo depois posso ver meu pequeno filho ainda na incubadora por causa do parto prematuro, tão lindo e tão perfeito uma bênção de Deus. Feliz pelo seu nascimento, mas triste pela perda recente, imagina pra ele saber que crescerá sem poder conhecer a mãe que tanto o amava. Dois meses se passam e posso levá-lo pra casa e agora como vou criá-lo? Será que posso dar um futuro promissor a ele sem a presença da mãe, da figura tão importante na vida de uma criança? Os tempos passam, ele completa quatro anos está numa alegria na sua festinha. Na manhã de sábado acordamos tarde e ficamos vendo um filme que ele tinha escolhido como presente aquele momento ficaria marcado pra sempre em minha mente e no meu coração colocando sua cabeça em minhas pernas, me dizendo “Papai, te amo”. Abraço meu filho como nunca e começo a chorar; porque essas tinham sido suas primeiras palavras. Mais um tempo e completa dez anos lhe dou de presente um brinquedo de ultima geração que toda criança deseja na maior alegria vamos brincar. Já cansados vamos dormir; à noite meu filho passa muito mau o levo pro hospital chegando la em meus braços por estar muito debilitado, me abraça e me pede desculpas por tudo que tinha feito ate hoje e que eu não gostei me abraça e me diz novamente ”Papai te amo" e adormece fico sem entender dou um beijo em sua testa e espero o medico nos atender,chega a nossa vez tento acordar meu filho tudo em vão, seu coração já não batia mais.Como pude perde-lo assim em meus braços sem nenhuma possibilidade de pedir ajuda ou de me despedir nessa hora meu mundo desaba será que é justo?
Voltando de seu enterro sinto o vento bater no meu rosto como um sinal de que sua presença de alguma forma estava ali. Entrei no carro e fui pra casa, estava uma carta em cima da cômoda que tinha no quarto dele e tinha um desenho nosso, da sua festinha de quatro anos parecia que já sabia que seria nosso ultimo dia juntos, ai lembrei que na semana anterior ele tinha me pedido mais tempo, mais atenção e algumas coisas que antes nem passavam pela sua cabeça. Mas como estava trabalhando muito não pude fazer quase nada que me pediste agora é tarde pra voltar atrás, remarcar aquela reunião, chegar mais cedo em casa para ver desenho com ele ou fazer a tarefa.
Pena que o compreendi tão tarde.
Te amo Filho!!!.