UMA PEDRA CHAMADA VERDADE

As palavras que desvelam a verdade são como cristais valorosos; às vezes por tão delicadas tememos o toque; subtraindo de nós e dos que nos cativam a evolução sólida, é preciso saber que não importa se por vezes são pontiagudas ou tépidas, a sua essência é o que move o coração fatigado e esperançoso, é onde se encontram.

Porém, não compreendemos a virtude mágica desse seres cheios de artimanhas, e como reles mortais, caímos nas armadilhas do desejo, enganados no fetiche da sensação tememos a um salto audacioso, guardamos as palavras despidas em uma vitrine inconsciente, sondamos a verdade em caixinhas ponderadas e acabamos por não descobrir o que de mais maravilho e puro há por trás a tênue linha que nos sustenta, que é viver cada estação da vida no compasso atribuído, sem a angústia do porvir. Suspiramos face às dolorosas verdades, enfeitamo-la de sorrisos sorrateiros e gracejos coloridos, e quando pensamos que está ficou mais bela, mais suave e amena; acabamos por transformá-la na superficial verdade; que por um tempo se sustenta em suas perninhas fracas, mas que acaba por deflagrar-se ao solo, por não mais suportar ao peso que lhe foi acometido.

A verdade, pura e sóbria é sempre a melhor escolha, e não importa o quanto ela às vezes poderá nos ferir, pois a vida é sempre nos trará vícios e virtudes e não devemos está prontos para cada etapa, a verdade mais perversa ainda se torna sublime que uma ilusão faceira, sendo que ela, trás consigo o antídoto das cálidas feridas e o conforto afável de seu abraço, que é o sábio tempo.

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 12/04/2011
Código do texto: T2904098
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