O poder e a compaixão
Amiga Luce
Sobre o poder já o refletimos, não sei se bem, mas o fizemos. O que me toma agora é a compaixão.
Veja bem, se agimos "com paixão", o fazemos por prazer, realizamos sonhos, centralizamos todos os esforços, ultrapassamos barreiras. Se não atingirmos todos os objetivos, não cairemos em decepção, pois o prazer em realizar é bem maior que os pormenores negativos.
Quando temos "compaixão", agimos solidariamente, apelamos para o amor fraternal, somos um pouco mais cristãos.
Fazendo um paralelo entre os conceitos apresentados, é possível perceber que em nada disvirtuaríamos a noção de poder. Se entendemos o real sentido dessa palavra, poderemos então, fixar em nós que poder é uma coisa boa. E o é!!!
O problema entre o(s) significado(s) de poder é a direção que damos a eles. O entrave maior está no coração de cada um. Poder é força que deve ser usada em prol do coletivo, mas quando se faz o contrário, o resultado é desastroso, pois transforma-se em palco de interesses individuais.
Nesse contexto, poder e compaixão são dois paralelos que jamais convergirão num só ponto.
a quem culpar? Sobre o que culpar? quando e como culpar?
Como vês, Luce, tudo perpassa pelos interesses pessoais de cada ser. É fato, não conseguimos definir nenhuma palavra sem refletir sobre as idiossincrasias de cada um. Por isso, deixo aberto meu pensamento. Dispeço-me aguardando a sua reflexão.
Um abraço!
Beth Ferreira