Desespero. E um agradecimento...

D. Ferreira Furkin...

Um sentimento de desprezo a si próprio, tomava conta de mim, quando eu ouvi uma musica, raro som, que transcendeu-se o alem e veio corromper meus ouvidos:

-Era, Mal Nenhum de mestre Cazuza.

Pois bem, estava eu envolto, em véus ácidos de amor e ódio e planejara já a minha morte.

Hoje um homem que eu não o conheço, impediu que por atitudes de outros mais íntimos, minha vida tomasse nesse dia o rumo dos rumos. Foi sua humildade que salvou a nós dois. Pois se eu agisse como o planejado, seria um transtorno para ele; Quem nada fez para ser eu mais um tormento em sua existência.

Esse é o dia mais insuportável da minha vida ao qual minha memória lúcida, consegue se lembrar.

Minha alma já não esta no controle sano de meu corpo; ela não tem paz, por um só instante que seja Meu peito parece estar marcado com um ferro em brasas. Marcado feito animal com as terás L.I.X.O. ; e apenas tormento e desespero.

Ande por ai, você vai ver minhas unhas cravadas em alguma pedra.

É, eu ando meio Dawn, ate dei com a minha cara no espelho, cara de babaca; filho do medo, da terra estéril.

Agora ando por ai me embebedando com o liquido desgraçado da injustiça e do azar. Droguei-me não com narcóticos, mas com o ventre maldito e profano em que vim para essa vida; (vida? Ou seria morte?) sei mais nada, todas minhas convicções caíram por terra, estou num tenro desespero, nem vida nem função. Apenas um ato contínuo de amaldiçoar cada por estar vivo. Mas eu vou ate o fim ; mesmo que o fim seja ou esteja... Em minhas mãos. Vou dando tiros a esmo, e atingindo sempre o mesmo cego coração.

Hoje, o senhor me salvou, com certeza foi enviado pelo Senhor, pois bem espero encontrá-lo amanha de novo, ou então... nunca mais.