OLÁ, MAR. VOU TE CONTAR UMAS COISAS...

Olá, mar. Andei pensando nas ondas ultimamente, e em mim. Andei pensando nas coisas que sinto e nas coisas que tive, e que perdi... nas coisas que planejei e não consegui e outras que ainda seguem sem rumo. Hoje é um dia que tirei pra mim.

Tão fácil é chegar aqui nesse canto silencioso da praia, olhar o horizonte e não conter algumas lágrimas pensando naquele “eu te amo” que não tive coragem de dizer. Tão fácil esperar o pôr-do-sol imaginando nós dois – ele e eu – apenas abraçados olhando as águas, ou até mesmo correndo pela areia brincando de sermos crianças, sem passados nem futuros, mas apenas aquele instante...

O mar é grande por natureza, mas por que ser tão grande? Por que ser tão inspirador e cheio de vida sendo que nunca trouxe nada de bom a não ser lembranças das coisas que não quero lembrar? Aonde você esconde aquele cara que eu amo?

Eu não vou contar histórias do S. para você, mar, porque tenho certeza que você o conhece melhor que eu, pois acredito que ele já tenha conversado contigo – mesmo por pensamentos. Você molhou os pés dele, você o fez sorrir, você o deixou melhor. Deve ser por isso que estou aqui olhando seu horizonte. Esperando uma resposta sua.. e de suas ondas.

Eu o amo, de muitas formas, mas de uma intensidade apenas. Eu o amo porque ele sabe amar. Eu amo o S. porque ele é a pessoa mais magnífica, corajosa, forte e bonita que já conheci... e eu também o amo por ser meu herói de todo o dia. E eu também amo ser seu anjo.

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É sábado, Sé. O dia que decidi escrever essa carta para você. O dia que minha vida mudou completamente. Hoje foi o dia que escolhi dizer que eu realmente estou amando você, mas o “realmente” não é o “muito”. O “realmente” na verdade é o fato de ter aberto meus olhos para essa realidade. E não me arrependo de quantas folhas gastei para isso, nem eu sei direito deduzir o que pode vir em seguida. Não escrevi essa carta pelo fato de estar apaixonado, mas sim porque te amo.

Só queria dizer mais algumas coisas. A primeira é: se orgulhe de você mesmo. Você foi e sempre será meu herói favorito. Eu te amo mesmo quando estou com raiva e te amo quando estou dormindo, e nunca te contei, mas muito sonhei com seu sorriso. Exatamente aquele que descrevo nos meus livros. Aquele sorriso que eu amo e que faz meu dia ficar muito melhor.

A segunda coisa que quero dizer é que por mais que as coisas fiquem difíceis pra ti, saiba que sempre vai ter alguém que estará disposto a te abraçar. Bom, sou uma dessas pessoas. E não fique com raiva delas caso elas não entenderem o que você sente, ou elas não poderem trazer os motivos do seu sorriso de volta. Essas pessoas são especiais apenas pelo fato de olhar em seus olhos com seriedade e afagar suas costas com a esperança de te deixar melhor. Por elas você deve sorrir.

E a última coisa pra finalizar essa carta que eu gostaria de dizer é que não sabemos o que acontecerá amanhã, por isso após ler essas palavras, tenha certeza de que em algum lugar do mundo alguém te ama muito... e esse alguém sou eu. De todos os tipos, mas de uma intensidade só. E não importa se der tudo errado, a beleza está na tentativa. Sempre estará. E eu ainda sonho com a nossa lista. Depositei um sonho em você, porque você não estava conseguindo sonhar, e assim sonharei por nós dois se for necessário. Espero que me perdoe por isso, mas você merece um sonho que talvez ninguém mais teve coragem de dar. Por isso foi um desses que eu te dei.

Deixo aqui o mais sincero abraço com um beijo na bochecha e um sorriso. E pela milésima vez...

..te amo.

[a carta que não mandei]

J Guy Fawkes
Enviado por J Guy Fawkes em 29/03/2011
Código do texto: T2878308