"Alma Ferida..."
Hoje uma brisa suave e veloz me despertou num segundo atroz.
E uma lamina, passou pelo meu peito, em forma de recordações.
Dilacerou meu ser num único golpe, eu infinitamente desejei a morte. Não desejei ter sorte, não quis liberdade, senti apenas a saudade, e assim adormeci, na esperança de não mais acordar.
Ah... Mas a vida insiste em continuar, ignora as minhas vontades e me convida a seguir, sem rumo, sem horizonte, com sonhos distantes, só um medo gritante me impulsiona á andar, nesse escuro sem rumo, para ver onde vou chegar.
Meus olhos estão fechados, e meus passos contados, pisando na lama da minha existência, afundam na falta de força que me sobra no ser.
Quem sabe, minhas mãos toquem a brisa quando o abismo acabar, quem sabe esse vento boas novas venham soprar.