CARTA PARA UM SENTIMENTO MAIOR

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Não consigo entender porque nos ocorrem, circunstâncias na vida que nos produzem emoções arrebatadoras de uma maneira tão violenta que às vezes são certamente fatais à nossa sensibilidade de reles mortais à mercê de uma repentina flechada de amor.
Um mero olhar, um aperto de mão ou mesmo a leveza de um toque de um dedo na face, é o suficiente para se brotar um sentimento maior que sempre resulta numa ternura carinhosa.
Desejar uma paixão proibida é como nascer novamente; é viver perigosamente cada segundo do dia e da noite, é paralisar o trabalho; limitar a inteligência e perder o interesse por tudo. Amar é adormecer sonhando em ser feliz e acordar com o pensamento fixo e direcionado para a pessoa amada.
Uma paixão só é proibida quando não é convencional. Neste caminho florido, existem certos desenganos que nos fazem estremecer de espanto e aflição; alegria e paixão. No entanto é cabível dizer que o amor é tão imprescindível quando o ar que respiramos. Viver é amar; é fluir ondas positivas numa energia verdadeira e pura. Às vezes um insucesso amoroso não justifica um sacrifício tão enorme a ponto de se viver toda a existência mergulhada na solidão; sempre a caça de remoer pensamentos indesejáveis.
O verdadeiro amor raramente acontece em nossas vidas. Às vezes nós nos confundimos em pensamentos e chegamos a odiar temporariamente a pessoa que sempre desejamos como companheira. Em contrapartida, nunca devemos pensar que o amor é mensageiro de tristezas e decepções. O real sentimento que chamamos de amor, no trás sempre a alegria do bem estar e crença na felicidade. O ciúme doentio reflete insegurança que deve ser administrada com o ato de se dar valor, gostar de si mesmo e não depender do ar que a pessoa amada respira. Ser escravo de uma paixão é o destino dos fracos de pensamento; medíocres seres desprovidos de autodeterminação. Sobre o tema ainda escreverei um milhão de poesias. Mesmo que para tão largo intento, não seja breve a vida, nem tão curto o talento.



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Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 28/06/2005
Reeditado em 21/09/2021
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