RIO ITAPECURU: Berço da Esperança!

Malícias que saltam dos vossos pensamentos

São ameaças povoando a difícil existência destas águas que sangram.

Tento fugir para o dia seguinte,

Mas tu insistentemente chamas por mim

E aqui estou ao teu alcance - Saciando tua sede.

Minhas águas sofrem, rastejam ao mar e deságuam em lágrimas

Com o árduo pedido de um simples visita da tua fantasma e escassa consciência.

Às margens se vê o triste existir

O fruto minguado do investimento de tantas gerações - Egoístas.

Em plástico está o orgulho

Sintética borracha é a corrupção.

E levam décadas e décadas destruindo sonhos e desejos,

Devastando o desabrochar da vida.

Tento fugir para o dia seguinte

Para um amanhã promissor

Não obstante, longe e triste

Vejo uma menina com lágrimas nos olhos

Chamada Esperança, pedindo:

- Volta Itapecuru!

- Todos partiram, mas eu continuo aqui a abraçar-te!

Poesia escrita a pedidos do meu amigo e cantor Orlando Maranhão para seu show em prol do rio Itapecuru na cidade de Codó-MA. 19 de dezembro de 2007.

Lari Soares
Enviado por Lari Soares em 19/03/2011
Reeditado em 19/03/2011
Código do texto: T2857416
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