RIO ITAPECURU: Berço da Esperança!
Malícias que saltam dos vossos pensamentos
São ameaças povoando a difícil existência destas águas que sangram.
Tento fugir para o dia seguinte,
Mas tu insistentemente chamas por mim
E aqui estou ao teu alcance - Saciando tua sede.
Minhas águas sofrem, rastejam ao mar e deságuam em lágrimas
Com o árduo pedido de um simples visita da tua fantasma e escassa consciência.
Às margens se vê o triste existir
O fruto minguado do investimento de tantas gerações - Egoístas.
Em plástico está o orgulho
Sintética borracha é a corrupção.
E levam décadas e décadas destruindo sonhos e desejos,
Devastando o desabrochar da vida.
Tento fugir para o dia seguinte
Para um amanhã promissor
Não obstante, longe e triste
Vejo uma menina com lágrimas nos olhos
Chamada Esperança, pedindo:
- Volta Itapecuru!
- Todos partiram, mas eu continuo aqui a abraçar-te!
Poesia escrita a pedidos do meu amigo e cantor Orlando Maranhão para seu show em prol do rio Itapecuru na cidade de Codó-MA. 19 de dezembro de 2007.