Dos dilemas do amor
Me tiras do sério, me tiras de mim. Ai, mas quem te disse que gosto de sair do sério? Não gosto. Mas saio. Mas gosto de você, ai, gosto.
Que problema é esse que me faz não desejar, mas me faz querer? Que me rompe ao meio, e me faz te amar, mesmo sem te ter? Não desejo ter. Mas te amo, e não tenho esse poder pra livrar-me do que já mora em mim. Eu não quero me perder, mas te quero. Não quero te prender, mas te quero.
Ai, Como receio os dias em que não mais estejas em mim, pois se ainda mais tiver-me entregue, e se caio só — incendiado em paixão — não garanto mais que volte, e nem que mais algo me valha. Mas se por azar volte... se volto, terei outro coração. Talvez melhor, talvez não. E, o que das cinzas não se levantar, concernirá a ti, ao teu tipo... o que não desejo que aconteça num futuro incerto, pois hoje é certo... Te quero.