Carta ao Encosto

Como você pode querer que eu seja o mesmo sendo que você foi uma das responsáveis pela corrupção da minha inocência? Eu não parei no tempo como a criança grande que você conheceu, portanto, não me venha com essa conversa de que "me conhece". O ser que você conheceu e que vivia dentro de mim está morto. Morto, e com ele foi enterrada a imagem que eu tinha de você. Esqueça que eu existo. Mortos não têm memória; aja como um. Não estou pedindo muito em não querer mais saber se você ainda sonha comigo ou não. Esqueça que eu existo. Poupe meu estômago do embrulho que você causa quando me dirige a palavra. Poupe-se de ser a causadora do meu nojo pelo sexo oposto. Pau no seu cu se você ainda sonha comigo, é o meu veredicto. Eu não tenho que ser complacente, comedido e/ou educado com quem eu quero mais é que morra no Brás. Esse é o último apelo que eu faço. É meu último pedido de paz. Se houver reincidência nessa merda, você vai conhecer da pior maneira possível o monstro que ajudou a criar.

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 02/03/2011
Reeditado em 02/03/2011
Código do texto: T2824815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.