Carta para o meu amor III
Carta para o meu amor III
Amor Proibido
Meu amor,,,
Perdoe-me se não obedeci ao meu coração quando ele implorava para que o lançasse aos teus pés e consenti que as horas decorressem cativas a razão. Lutei contra a torrente onda de sensações que ao entregar-me a você se elevaria em mim. Eu quis os teus abraços e o beijo doce da tua boca; porem fui cigana, vaguei durante toda a noite tentando me esquivar dessa astuta cobiça e me consumi...
Estávamos separados por metros de distância e kilômetros de restrições; o céu dentro de nós e o inferno ao nosso redor. Atenuaria a concupiscência se em minha pele não estivesse tatuado o mapa que desvenda os mistérios do teu corpo ardente. Por vezes abrandei o fogo que me ardia o sexo dando ouvido á voz da prudência a sossegar-me a carne.
É esse amor proibido que não se inibe; insiste, castiga e inflige o que é, o de fato, o óbvio. Desfaz e refaz; brinca com o nosso ansiar... Nos instiga a querer e querer o que não é, o que não pode ser.
É você sugando a minha paz, bagunçando as minhas idéias, alterando as minhas verdades em embustes e minha realidade em literatura. Que se dane Pitágoras por que cinco mais cinco é igual a onze na matemática do nosso amor. Talvez Faraday e Henry descrevessem cientificamente essa corrente magnética como um condutor de energia libidinosa... A paixão!
Sou eu pagando o preço, me rendendo a este amor para pertencer a você!