DOCE AMOR MEU
Chapecó, 31 de janeiro de 2011
Doce amor meu
Como sabes, sou viajante do meu tempo.
Mas d’outros tempos, da linha do divo eterno,
pois sempre me aqueceu este deleite superno,
o amor que te dedico e que é meu doce alento.
Ainda há o frio da saudade, neste longo inverno;
gela os caminhos do coração, que ao relento,
só traz pra revigorar-me a cada momento
as lembranças, que ao mesmo tempo são meu inferno.
Escrevo a carta para dizer da quente lava,
que queima em meu peito com sabor de paixão,
que, de tão intensa, já fez minh’alma escrava.
Porém quando o carteiro a traz à tua mão,
mal sabe ele a doce lágrima que te dói e lava,
que esta carta é o amor que trago no coração.
Afonso Martini
310111