Coquitel de vida

Meu amor

Eu sinto como se tivesse começando o caminho pelo fim. Penso como será minha vida sem o seu amor, acredito que esquecerá, pois já tens teu mundo, tua vida, teu amor e fantasias para ocupar teus dias; acredito que com o tempo serei uma vaga lembrança. Queria acreditar que o que sentimos sobreviveria a tudo e que nunca acabaria, no entanto foi sonho não conto de fadas. No mundo real nada é para sempre, no mundo do sonho tudo se acaba no despertar. Queria que fosse conto de fadas, mas não é. Dizem que o verdadeiro amor não acaba com o adeus e com a ausência, sobrevivem às tempestades e supera os obstáculos, acredito nisso, sei que existe, mas até hoje só ouvi falar de casos reais e conheci uns poucos. Francamente não acredito que eu tenha esse privilégio, o que tive no sonho já foi muito mais do que pensei que teria um dia, sou abençoada por isso. Tudo foi um sonho, mas te amei verdadeiramente e jamais te esquecerei e de alguma forma te esperarei todos os dias mesmo sabendo que nunca virá que nossos caminhos se separam definitivamente, que seu amor pertencerá à outra e que na sua vida eu serei uma história, uma doce lembrança, ou talvez uma vaga idéia da minha existência.

Você foi uma vacina que entrou no meu sangue percorrendo todo o corpo e se alojou no meu coração, tomou conta do meu ser e mudou tudo em mim, não sei como será agora que não há novas doses para tomar. Que nome eu poderia dar a essa vacina? Felicidade, amor, paixão, fantasia? Chamarei de coquetel de vida, por ser um composto de todas essas coisas e muitas outras que deram a minha vida outro sabor e cor. Pena que a vacina não existe no mundo real. Mais uma utopia ou ironia da vida?

Vou guardá-lo enquanto eu viver na minha mente e no meu coração. De alguma forma serei sua e estarei com você mesmo que nunca saiba disso.

Esperei você por muito tempo e te esperarei o resto da vida, apesar de hoje ter certeza de que é um sonho, utopia, uma idéia nada mais.

Amo-te meu lindo roseiral

Sua flor de lis

Marya Ferreira
Enviado por Marya Ferreira em 29/01/2011
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