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Querido,

Aquela sementinha de ilusão que plantastes em mim é agora uma imensa erva daninha que me corroi.

Eu nem liguei e você disse que foi engano.

Achei que punhas em meu peito amor e na verdade envenenava-o com tua maldade ingênua.

Eu nem perguntei e você me disse não

Eu nem voltei e você nem reclamou da minha ausência

Quão tola será que fui?

A conta está na mesa e sou eu quem vai pagar. Você se foi antes de dizer ou sequer ouvir “adeus”.

Aqui estão as últimas notícias que terás de mim, hoje me vou de vez. Não por você. Pela primeira vez, penso em mim. Vou-me para que seja só eu.Vou-me para que seja ceifado de mim todo o ódio que nutro por ti, mas espero que não seja recíproco.

A felicidade chega pra todo mundo, não?

Espero que estejas ao lado da tua, pois estou ao lado da minha; é vistosa, pesada e está bem munida.

É ela quem vai me libertar de vez de tudo e de todos. Daqui a uns minutos seremos só eu e ela. Olharemos-nos nos olhos e enfim...

O barulho irá acordar a todos e finalmente me notarão.

Ah, benzinho, não digas que estou ou sou doente!

Eu nem pedi e tu me deixaste assim convalescida, morta em vida.

Cansei dessa antítese! Mas se quiser , fique a vontade para pô-la em minha lápide.

Eu sorri.

É isso que acontece quando se está feliz.

Agora eu entendo.

Adeus.

Karla kas
Enviado por Karla kas em 26/01/2011
Reeditado em 11/09/2011
Código do texto: T2753821