ROSABELA E A CARIMBAMBA: Carta ao leitor Anderson Marques

Caro Anderson.

Confesso que fiquei curioso para conhecer a lenda da Carimbamba... Minha história foi escrita a partir da valsinha “Amanhã Eu Vou”, composta por Beduíno e Luiz Gonzaga em 1951. Depois fiquei sabendo que a música foi inspirada na Lenda da Carimbamba, do folclore cearense, e segundo a lenda, uma moça encantada com o canto do pássaro Carimbamba estava à beira de uma lagoa, e se embaraçou na taboa (planta semelhante ao cisal ou junco, em alguns lugares chamada de tabua. Tabua mesmo, não é tábua) e desapareceu.

A VALSINHA;

Certa vez, um lago mal assombrado / À noite sempre se ouvia a Carimbamba cantando assim / Amanhã eu vou, amanhã eu vou... A Carimbamba, ave da noite, cantava triste lá na lagoa / Amanhã eu vou, amanhã eu vou / E Rosabela, linda donzela / Ouviu seu canto e foi pra lagoa / A taboa laçou a donzela / Caboclo d'água a ela levou / A Carimbamba vive cantando / Mas Rosabela nunca mais voltou / Amanhã eu vou, amanhã eu vou...

Esta carta vai em resposta ao teu comentário no Recanto das Letras.

“Ouvi a divulgação da lenda da Carimbamba em uma rádio cultural da minha cidade e gostei muito, queria que fosse divulgado mais esse conto maravilhoso”. Comentário para o texto: CARIMBAMBA (T1280049)

Isso posto, se quiseres divulgar nossa Carimbamba na rádio de sua cidade ou em qualquer outro r meio de comunicação, além de autorizar, fico-lhe agradecido, principalmente, e desde que cite o autor que sou eu.

Talvez eu tenha criado por inspiração das musas uma nova versão da lenda cearense, mesmo sem conhecê-la totalmente, senão e apenas parte dela através do grande nordestino Luiz Gonzaga.

Montes Claros, janeiro de 2011

Abraços