A carta que não entreguei.
É incrível como a saudade não tem hora para chegar e como ela pode ser massacrante. e como é difícil expressar sentimentos mesmo que pelo papel pra você.
Eu não sei se ja te disse isso um dia, mas eu tenho uma admiração absurda por você. quanto mais te conhecia, mais te queria por perto. era impressionante a luz que rodiava a sua volta. o poder de tudo se transformar mágico só pelo fato da sua presença. só porque você abria um sorriso e tudo em volta se transformava em uma canção bonita e suave, lenta e apaixonante.
Eu acho que fugi sem nem ao menos lutar por medo de como tudo virava um filme ao seu lado. como se tudo não passasse de um conto de fadas desses que a gente cresce sonhando em viver. e quando vive, a gente se apavora e foge. como uma criança com medo do escuro. do que não pode tocar.
Mas agora era como se me faltasse o personagem principal da história.
Já pensei em voltar e retomar ao conto. mas, de que adianta? não é a mim que você ama. mas tudo bem. eu quero te ver feliz. quero te ver com quem te faz sentir esse turbilhão de emoção. e se não sou eu, que seje outra. mas que seje!
Na verdade eu só tô tentado dizer que eu não te odeio. eu te amo.
amo tanto que dói. por isso não podia ficar.
e te agradecer por ter feito parte um dia da minha vida. por ter tocado tão fundo. por colorir a alma. por mostrar que a felicidade não é algo apenas do qual os poetas sobrevivem. é real. eu vivi contigo!
você é, e vai ser pra sempre o meu amor. a minha melhor canção. a qual eu nunca deixarei de cantar.