A virose da alma

Amor

Hoje me lembrei dos momentos engraçados que passamos juntos de alguns momentos marcantes e de quando você renovou minha confiança em mim, me mostrou que sou capaz e me deu disposição para tentar coisas novas, me disse de diversas maneiras que confiava em mim, no meu talento e em nós.

Ainda não entendo por que veio pra mim num sonho, por que me ensinar o caminho do amor se o sonho e a realidade não pode se cruzar definitivamente? Foi só para que eu soubesse que você existe e que me procura para me dar um pouco de amor e muita felicidade? Não tenho mais você nas minhas noites solitárias, porém você vive em mim e moras no castelo do meu coração, seu aposento eu adornei com as luminárias do amor, com o perfume da amizade, com as cortinas do afeto, a tapeçaria da estima, os móveis do companheirismo e as rosas da paixão.

Sei que não me inebriarei mais com o seu cheiro e com o som da sua voz falando de amor, seus dedos não tocarão meus lábios de novo, minhas mãos não serão aquecidas com seus beijos, não terei seu corpo aquecendo o meu enquanto no aconchego dos seus braços imploro para não despertar e ao abri os olhos encontrar de novo apenas a solidão e vivas lembranças. São elas que me fazem companhia desde que despertei do doce sonho. Fecho os olhos e desejo ardentemente sonhar com você de novo, esse desejo é uma tipo de subterfúgio para negar a realidade, achar que por um milagre tudo vai mudar e que o adeus foi um até logo. Sei que estou febril, delirando, uma virose tomou conta da minha alma.

Amo-te demais meu roseiral.

Sua flor de lis.