O lugar de sofia
Quando os meus olhos, exaustos da procura, adormecem em luz e brilho; já impedidos de colher o encanto e a ousadia, daquele sorriso de outrora, deleita-se a margem do rio de razões insólitas. Quão fatigante foi aquele momento adversamente inócuo, que por alguns meros segundos, um queimar exímio; lento, mas que aos pouco de propagava por todo o meu corpo; minhas mãos começam a perder o equilíbrio tenro, o som que bailava a vida, confundia-se com um tremor inodoro.
Tudo que fosse pairado em minha razão sofista; as vontades, sonhos, desejos; tudo perdera-se com o passar clandestino do velho sábio, e, por mais que tentasse resgatar as palavras apagadas ao vento norte; percebia-me tão débil, uma repulsão estranha distanciava-me do meu valoroso mundo, e no lugar onde nascia os sonhos, sobrara somente o sensível ermo.
Um impulso me envolve, mergulho intrépida neste novo sonho, e mesmo envolta ao sorrateiro instante, envolta ao audaz e inexorável nevoeiro, sinto meus pés , quietos, sorverem as últimas gotas que restaram daquele lugar, mágico , subjetivo. Meu olhar, imperfeito ante a neblina, desencorajava meus resolutos passos; o horizonte, incerto, congelava-me a alma, e quando sentia-me completa-me imóvel, sem qualquer sinal ou expectativa, uma brisa luminosa soprava em minha face, trazia nestes ventos a direção exata, as cintilantes rimas do raiar do dia.