NOVA FRIBURGO COM AFETO
Nova Friburgo!
A imagem ainda é viva e a vejo como se fosse hoje: a cidade escolhida, no Brasil, era meu regalo na primeira etapa da lua de mel. Nela foi que, como nos recordamos, passaportes, bilhetes e outras surpresas e trâmites cederam prioridade à necessária e íntima pausa, após a cerimônia, ao cabo da concorrida festa e findos os adeuses aos convidados. Ali, naquele recanto serrano impregnado de ares romanescos, tinha início a nova fase de nossas vidas.
Sentíamos nas paragens bucólicas a razão, da qual fomos alvos, da apregoada receptividade do povo, tão significativa nos instantes em que estreávamos os destinos que convimos unir. Foi, portanto, o referido ambiente de leveza e encantamento responsável também pela consolidação do plano conjugal que se mantém e que, queira Deus, há de se fortalecer continuamente até a eternidade.
Ao amparo dessas recordações, hoje, diante da magnitude e da abrangência da tragédia que se abate sobre a população neofriburguense, estou, tal como estará você, confiante de que aquela metrópole se soerguerá ainda mais bela do que a velha friburgo.
E, conforme fizemos em Lisboa, em Belém, em Cintra, em Estoril, em Madri e em outras cidades européias que remontam à segunda fase dos primórdios de nosso matrimônio, voltaremos para reviver momentos de devaneios no clima de hospitalidade dos residentes e junto às lindas paisagens de Nova Friburgo.