O motorista, o carro, a estrada
O amor ou qualquer um desses sentimentos próximos que podemos usar neste momento são como uma estrada turbulenta, longa, cheia de obstáculos e dúvidas.
Talvez o problema não esteja nos buracos da estrada ou quão longa e complexa ela é, mas quem sabe no carro... ..
O carro pode ser representado pelo nosso coração... talvez inexperiente ou até mesmo cansado, sofrido, perdido... não sabe ao certo o que pensar da estrada que o espera, nem ao menos se é ela a forma mais correta, mas ele sabe que precisa caminhar, e que só vai conhecer o que o espera quando der a primeira acelerada.
A primeira acelerada pode vir não muito rápida... ela requer paciência, treino, prática... Mas sem ela, não é possível continuar...
Quem sabe nem seja ele o problema, talvez o problema esteja no motorista
Talvez ele precise perceber que o carro depende dele, de suas escolhas e de sua ação para tornar a estrada um caminho mais ameno, e que errar o caminho ou emperrar no caminho é um risco que se corre em todos os trajetos da vida.
Talvez o motorista precise perceber que pensar nos problemas que o carro pode ter no caminho (antes de fazê-lo) faz com que as coisas tornem-se mais difíceis e menos reais...
Talvez ele precise perceber que o carro e a estrada estão ali... esperando apenas que ele assuma o controle; solte o cinto (não o convencional).. aquele que tem o prendido em si mesmo e tome a direção.
Direção essa que não se sabe ao certo para onde vai, porque vai, ou como vai; só sabe-se que precisa ir. Se não for agora, em outro momento.. mas sempre terá de ir...
E sim... O caminho...
É preciso segui-lo, pois só saberá o final... quando se permitir o início.