OPOSTO DO ÓDIO (sem A)

Todo o tempo foi pouco e muito do que eu tenho

Ninguém me fez sentir o que sinto hoje.

Por que o que quero é místico e diferente, mórbido e breu.

Tenho medo, um pouco de tédio e com o resto do bem que fui

Um pouco de tudo.

Quero colo, quero beijo, quero o quente e o cheiro.

Consisto em surgir do fundo do seu cérebro.

Insisto em viver feliz mesmo sofrendo.

Sou pretensioso, tolice! Medíocre e frívolo.

Sou supremo do meu trono, rei do meu reino e regente do meu mundo.

Fui no fundo do poço, jorrei um líquido forte e frio, fétido... É tudo que posso lhe oferecer em virtude do que fizeste por mim.

Seus gestos tolos do querer que inventei, sinto dó de você, sem morrer de dó porém sinto dó de você.

Sinto frenético tremor nos meus ossos.

Num suspiro só vim e enlouqueci de um modo simples e complexo, pois todo o tempo foi pouco e muito do que tenho voltou e pousou em mim.

Miro dentro dos seus olhos e vejo bem o segredo que você escondeu por longos meses.

Imbecil, cretino, Ou simplesmente burro que deixou meu querer por ti sumir

Perder, esconder do que por descuido descobri o que meu peito sente por você; que é o oposto de muito ódio.

Lee Nunes
Enviado por Lee Nunes em 09/01/2011
Reeditado em 07/10/2011
Código do texto: T2719364
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