:::Genuína Carta:::
Á Lucas Campi (...)
Ainda acredito na sinceridade genuína das cartas e como elas, tão detalhadamente, podem demonstram sentimentos, muito mais do que meros pensamentos transcritos. Embora pareça uma atitude antiquada, escrever carta a próprio punho é uma atitude de consideração por alguém especial. Faz tempo que não escrevo uma, ainda que muitas vezes já tenha escrito, para poucas e raras pessoas, que realmente valiam a pena. Já me disseram muitas vezes que exponho muito os meus sentimentos, mas quer saber? Eu realmente não ligo para isso e mesmo que eu tenha dificuldade em demonstrar o que sinto em palavras ditas, escrever e sentir são sinônimos para mim, então tudo o que escrevo, sinto! Quer saber o que sinto? Leia-me.
Leia-me agora, nessas linhas breves, tudo o que sinto e o que sinto não é pouco. É o muito que me faz feliz, o suficiente para me fazer flutuar. E flutuar que digo é em pensamentos, uma forma de tocar o céu, sem tirar os pés do chão. De pegar estrelas, beijar a lua e voltar com a alma suave. E não importam o que me digam, o que penso poderá mudar um dia, mas o que sinto é imutável. E sentir é tudo o que faz girar o mundo. Sorte é o que tenho de encontrar alguém que acredite em sentimentos assim como eu. Quero mais é o romantismo que não morreu, a sinceridade das palavras que ainda existe, quero sentir meu coração bater em descompasso, que ele vibre, que arrepie, isso é amar!
E se isso é amar, eu amo! E digo que amo, mesmo que seja em linhas. Eu digo!
Não acho que seja falta de coragem de falar, o mundo nos limita em tudo, nos retém e isso faz com que o sentir fique perdido. Mas que se perca em mim e em você!
Uma vez me disseram: “A melhor forma de se encontrar, é se perder no coração de alguém!”
Eu me encontrei.
Sales Oliveira, 05 de Janeiro de 2011
Ana Luísa Ricardo