Confissões

Em momento algum perdi o interesse pela vida.Seria desrespeitar a amizade de tantos amigos que me apoiam e me ajudam a prosseguir. Idade? Ah amigo, adoro a idade em que estou. Já sabemos muito e também sabemos que continuamos com a capacidade de aprender. Quantos jovens cansados e desesperançados encontramos por aí? Nós temos muito a ensinar também.

É. Verdade. Voltamos, voltamos e voltamos. Na manhã de hoje, enquanto caminhava, (é quando penso, filosofo. Por isso adoro caminhar sozinha.) lembrei de coisas que me vêem à mente com freqüência. Sou espírita. Já falei há algum tempo, que talvez eu tenha escolhido, ao retornar, ficar sozinha para acertar contas antigas. Ri, não me importo. Devo ter sido uma messalina, participado de orgias. Devo ter tido amantes, sido amante de muitos. Claro que quero voltar a ter um parceiro. Eu sou romântica. Tem que ter carinho, entrega, cumplicidade. Felicidade no olhar, não olhar saciado. Estou errada?

Falamos em sonhos. Morro sonhando. Nós somos muito parecidos. Minha caminhada, de algum tempo para cá, tem sido firme e certa. Usufruo de tudo que penso ter direito. Cometo pecados deliciosos. Só não me permito cometer o pecado mais cruel que poderia, que é o de ceder a uma tentação de momento, para depois lamentar. Demoro a tomar decisões, ou melhor, a pô-las em prática. Eu me amo, só estou confusa.(01/2004)