uma carta...

Hoje uma porta se fechou, não está trancada mas no momento não está disponivel a entrada.Os moveis desse cÔmodo foram retirados e nele so ficou as lembranças e os sorrisos que ecoam de longe.

As paredes serão pintadas de branco com o tempo, pois está sendo dificil tirar as cores escuras que outrora eram claras e vivas.

A cortina da janela se fechou, pois a luz irradiante de partilhamento e alegria do sol não aqueceu o silêncio que a noite trouxe com o frio da lua.

E por causa do feixe de lenha ser fragil e a corda pouco resistente, hoje eu serei apenas amigo.

Ouvirei mas não falarei e guardarei para mim o que aos outros não pertence.

Não atenderei todos os pedidos, oferecerei o suficiente e não deixarei que as fronteiras estabelecidas sejam ultrapassadas e me farei por entendido.

O chá das cinco não será mais compartilhado, e um pedaço de torta sempre sobrará na mesa...ate que alguem o pegue.

A incognita não será encontrada e nem todas as perguntas serão respondidas, como é certa as folhas secas no outono e os frutos na primavera.

Mas o que causou tamanha mudança me deixou uma esperança....e esperarei.

Esperarei pela batida na porta e o abraço que ainda não senti.

Esperarei por novas cores na parede e pelo sorriso que por poucos dias eu vi.

Esperarei pelo chá das cinco sem sobrás e uma trilha sonora de fundo.

Esperarei por novas surpresas e por quem entenda melhor do que eu que depois do do silêncio frio que a noite traz vem o sol raiando com o amanhacer.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 22/12/2010
Código do texto: T2686204
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