Minha vida é lilás.

Lilian...

Sou como o Santiago Lilian. Minha vida é como o peixe que leva meu “barcoração” para o mar alto. Mas Luto contra ele todos os dias, sinto imenso prazer nisso, e não há chaga ou dor que me faça desviar do meu caminho saiba disso...

O sol arde e cega meus olhos, mas é o seu brilho que me mantém forte, o céu azul intenso cheio de nuvens de algodão doce onde posso descobrir desenhos novos, os arco-íris de mil cores após as tempestades de verão, os potes de ouro que vou buscar incansável, ao final deles.

Todos têm problemas, mas também as redes de soluções para eles; basta olhar, lançar cada vez mais longe a rede e retirá-la do mar cheia de novidades. É assim que faço, esta é a receita para a minha felicidade.

A utopia para muitos é minha ideologia, não saberia ser de outra forma. Os que me conhecem, como você apesar da pouca convivência, sabem disso. Demonstro a cada sorriso, a cada olhar curioso, a cada comentário, a cada desabrochar de um dia novo.

Não sou o que escrevo, apenas escrevo o que sinto e vejo do lado de fora da minha janela.

Escrever o que tenho do lado de dentro é extremamente difícil pra mim. Mas tenha certeza de que o lado de dentro é deveras melhor que o de fora, e a felicidade habita em mim, a crença na humanidade, a busca pela melhoria, pelo conhecimento, a curiosidade de criança, que mantenho viva ainda que não o seja mais...

Procuro brincar com eles – minhas crianças – e a cada brincadeira me sinto como eles. Me canso de pular, de correr, de esconder. Faço bolas de sabão brilhantes como os olhinhos que me acompanham, sorrio só de ver a felicidade estampada nos sorrisos deles.

Esta é minha vida do lado de dentro, leio as histórias e faço parte delas com eles, sou a rainha do castelo, sou a princesa da torre e tenho dois príncipes pra me salvar. Sou a Alice do meu país das maravilhas, e quando sou a bruxa má, sempre tenho um final feliz e me torno boa.

Brincamos de barco, eles adoram, e os peixes que vemos, são os mais lindos, todos coloridos, botos rosa, sereias, golfinhos, brincamos com todos eles e fazemos castelinhos de areia que as ondas nunca levam, porque são edificados com amor imensurável.

Vou contar um segredo a você: “Não gosto de cor-de-rosa, então faço uma vida lilás. E mesmo que chova muito e o sol não apareça às vezes, meu pôr-do-sol tem um laranja avermelhado e quente, todos os dias”!

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 18/12/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2678693
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