Carta da alma

Às vezes eu sinto que preciso de um tempo, um tempo só pra mim, livre de tudo, livre dos olhos vigiadores e severos, livre das regras, livre dos princípios, ou do que dizem ser princípios.

Às vezes eu sinto um vazio, uma saudade do que eu ainda não vivi, sei lá! Algo novo que eu precise conhecer, novas sensações, novos medos, novos sabores, sejam eles amargos ou doces ou sabores que podem até vir envenenados, e daí? Eu preciso provar o veneno pra saber se valerá se valerá quebrar as regras as malditas regras carcereira das almas, das almas tolas, das almas fracas das almas que tem medo.

As almas presas a regras são inquietas, solitárias, misteriosas, silenciosas e nunca vão encontrar a plenitude se não se libertarem, mais como é difícil, como é assustador como é difícil se entregar ao novo a desorientação, como nossa cabeça se enche de perguntas de questionamentos e todas aquelas regras nos prendem novamente, agora com as duvidas, as malditas duvidas que nunca obedecem o coração, mais que o coração tem com isso? Ele também é prisioneiro, a verdade é que ele ainda não está pronto para o novo... É ele não está. E a culpa é da alma, da minha alma, essa alma covarde que tem medo, Mas um dia eu mando toda a regra se danar, então serei livre.

Mila Rodrigues
Enviado por Mila Rodrigues em 09/12/2010
Código do texto: T2663014
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