Convite à insanidade.
Você me revela, me mostra a mim mesma como eu sou, fala sobre mim como quem tem ciência absoluta do meu Eu...
Você tem um dom...o dom de me decifrar, de me fazer me oferecer como num convite à embriaguez, como quem oferece uma dose de vinho ou de qualquer coisa...te convido então...
Vem? Aceite meu convite.
Desvende os segredos aqui contidos por trás de palavras mal escritas e noites mal dormidas, seja o eleito e faça a eleição virar erupção...
Esqueça por um momento eterno o que separa duas almas no firmamento dessa terra e aja como se eu fosse o último gole de vinho da sua noite, me sorva e saboreie como a última vez que será apenas a primeira...
Seja e sinta-se o eleito.
Mostre-me o que te impede se ser o que realmente é, seus demônios internos por trás do rostinho de anjo, ocultos por asas tolhidas por si mesmo, desfocados pela fumaça do cigarro que traz companhia nas noites solitárias...
Eu , o vinho tinto e seco que desce suave e lentamente para dentro de você, traria a calma e a languidez de uma pétala caindo, e depois o torpor tranquilo das sensações no corpo inerte e cansado...
Insano?? Talvez, mas a sanidade nada mais é do que a mesmice e a mediocridade da minha vida.