Eu, pai

O pai ama.

Movido pelo caráter cultural e a construção do gênero, pelo comportamento padrão o qual a sociedade o submete, o pai proteje, ampara, cuida, mantém unido, se doa, abdica-se, se resigna, altruísta é pai.

Vive temores. Anseia o melhor.

Deve ser forte, mesmo temendo perdas - seu fracasso.

"É difícil ser homem."

Pensar em tais realidades sociais, tradicionalistas, preconceituosas relutam em permitir a manifestação nobre de ser humano. De ser carente, sensível, emotivo, desejoso, ambicioso em sentido de realização e satisfação própria - o que ainda está no humano, ser egoísta ou um pouco "narcisista".

Avançamos. Estamos nós nos permitindo ser plenos. Assumimos responsabilidades, visamos igualdade de gênero. O homem agora quer o mesmo do gênero feminino.

Então, por quê não posso assumir o fato de não poder dar conta de algumas situações? Por quê não posso dizer que não consegui administrar ou manter a família? Sou humano e sou homem!

O melhor pai é o que decide ser pai. Negar a paternidade não deve significar incapacidade, impotência ou coisa parecida.

Ser pai, é ser, incondicionalmente.

Deixa-me ser Eu, pai.

Naama
Enviado por Naama em 30/11/2010
Código do texto: T2645494