A Utopia e o Tempo.
Sou o silêncio pesado e denso.
Sou a boca calada que incomoda.
Sou o pensamento que gira em
todas as direções.
Sou os olhos que vêem o choro
de uma criança faminta e o peso
do desespero de um adulto sem
o seu ‘ganha pão’.
Não importa onde acontece!
Sou a exclusão voluntária.
Sou a reclusão temida, mas bem
planejada.
Sou aquele que espera um novo e
grande momento.
Sou quem espera por muitas coisas,
por conhecer o meu tempo, não me
desespero, espero simplesmente.
Mas faço isso de boca calada, olhos
abertos e ouvidos restritos.
Novembro de 2010.