*CARTA DE AMOR - 2
Oi Amor
Tu és muito rotineiro. Deverias ser qual cachoeira renovando as águas todos os dias, descendo rápida dando espaço para limpeza dos detritos, assim se tornará sempre pura;
Ou igual a um rio correndo sobre o leito, arrastando os detritos para desembocar nos afluentes até chegar ao mar, e nunca encontrarmos no mesmo local a mesma água;
Ou ainda parecido com as células que descamam do corpo para o nascer, mas que o cansaço nunca esgotasse da renovação, envelhecendo toda carcaça desiludida da luta.
Mas sei que és igual às ondas do mar, vem com força total à cata da praia engolindo ondas competindo em força e altura, e, ao chegar à areia se estende sem força, deixando apenas escuma sem o viço da vinda. Na volta retornas desanimada a procura de nova ventura, revigora a emoção agindo com os mesmos critérios, até atingir o ápice e tornar a cair.
Tu deverias amor, ter a fortaleza do coração, que nunca envelhece, o sentimento está ali pronto em qualquer etapa da vida, talvez, não com a mesma irradiação da fogueira, mas com a luz de uma tocha olímpica, que não apaga o facho até o final das olimpíadas.
Para manter-te inédito bastaria fazer a receita deste bolo: um pacote de puro amor, dois pacotes de sinceridade, três pacotes de sentimentos sem gelo, quatro pacotes de fidelidade, duas sementes selecionadas.
Modo de fazer: plantar as sementes em terreno fértil, bom adubo, água cristalina. Colher o fruto, lapidar a massa com mãos de generosidade, untar a forma com o mais belo do sorriso, acender o forno com o maior dos abraços, deixar numa temperatura amena para não queimar e perdurar até o final do jogo.
De cobertura uma frase pincelada com mel, desenhada, sem poupar açúcar. Amo-te. Simples e barato. No entanto procuramos os ingredientes mais caros, para o amor, perdemos a receita e o prejuízo deixa em déficit nunca liquidado.
sonianogueira
Oi Amor
Tu és muito rotineiro. Deverias ser qual cachoeira renovando as águas todos os dias, descendo rápida dando espaço para limpeza dos detritos, assim se tornará sempre pura;
Ou igual a um rio correndo sobre o leito, arrastando os detritos para desembocar nos afluentes até chegar ao mar, e nunca encontrarmos no mesmo local a mesma água;
Ou ainda parecido com as células que descamam do corpo para o nascer, mas que o cansaço nunca esgotasse da renovação, envelhecendo toda carcaça desiludida da luta.
Mas sei que és igual às ondas do mar, vem com força total à cata da praia engolindo ondas competindo em força e altura, e, ao chegar à areia se estende sem força, deixando apenas escuma sem o viço da vinda. Na volta retornas desanimada a procura de nova ventura, revigora a emoção agindo com os mesmos critérios, até atingir o ápice e tornar a cair.
Tu deverias amor, ter a fortaleza do coração, que nunca envelhece, o sentimento está ali pronto em qualquer etapa da vida, talvez, não com a mesma irradiação da fogueira, mas com a luz de uma tocha olímpica, que não apaga o facho até o final das olimpíadas.
Para manter-te inédito bastaria fazer a receita deste bolo: um pacote de puro amor, dois pacotes de sinceridade, três pacotes de sentimentos sem gelo, quatro pacotes de fidelidade, duas sementes selecionadas.
Modo de fazer: plantar as sementes em terreno fértil, bom adubo, água cristalina. Colher o fruto, lapidar a massa com mãos de generosidade, untar a forma com o mais belo do sorriso, acender o forno com o maior dos abraços, deixar numa temperatura amena para não queimar e perdurar até o final do jogo.
De cobertura uma frase pincelada com mel, desenhada, sem poupar açúcar. Amo-te. Simples e barato. No entanto procuramos os ingredientes mais caros, para o amor, perdemos a receita e o prejuízo deixa em déficit nunca liquidado.
sonianogueira