Sem você
26 de junho de 2009.
Sexta-feira.
As ruas estavam molhadas
enquanto eu voltava da minha rotina sem graça.
No fim de um beco sem saída
um poste fazendo meia luz.
No início da rua alguém fumando sentado num banco vazio e escorregadio.
Tão estranho amor, essas ruas que já foram tão claras..
em noites que pareciam eternidades.
Dobrando a esquina, alguns cães latindo
enquanto carros passam apressados.
Num vaievém das motocicletas
seus suspiros, meus soluços.
O vento desgrenhando meu cabelo
e sua ausência em cada canto do meu apartamento
gritando por você.
Em cada canto da noite escura
seu cheiro e você respirando nos meus pensamentos.
A lua que ja foi fria
agora oscila entre norma e quente,
só um sol preatado rodeado de estrelas vazias.
A noite que ja foi quente,
agora é fria.
E eu que ja te prometi o "pra sempre"
hj morro aos poucos.
Me ajude a respirar
Me ajude a voltar a vida
Me traga voce e me dê seu coração.
No calendário marca sexta-feira.
Mas aqui querido,
o tempo parou.