CARTA A UM AMIGO; ANTONIO CELSO TEIXEIRA BRAGA.
CARTA A UM AMIGO: ANTONIO CELSO TEIXEIRA BRAGA.
Carta que escrevi em 13 de fevereiro e que só agora, quando as feridas começam a cicatrizar e no dia do seu aniversário, resolvi publicar:
Olá Demian, Mineiro, Celso.....
Esses são os muitos nomes pelos quais lhe chamava.
Dependia da ocasião.
Raríssimas vezes, cheguei até a chamá-lo de Antonio. Lembra-se disso?
Assim, Demian, Mineiro, Celso e até Antonio, após um período de unha e carne, se é que dessa maneira podemos descrever essa época da nossa amizade, ficamos, incompreensivelmente afastados por uns longos anos.
Afastados fisicamente, pois seguramente sempre pensamos um no outro e nesse tempo de convivência.
Prova disso, são os meus escritos, no Recanto das Letras, relatando algumas dessas passagens e o relato que me fizeram a Gabriela, sua nora , e os seu filhos:-
"Você sempre falava sobre a nossa amizade."
A Gabriela que me telefonou, noite dessas, para a minha casa e quando minha filha atendeu e perguntou quem queria falar comigo, se identificou como a filha de um amigo de infância.
Atendi e em nossa conversa ela me perguntou se eu o conhecia:
"Você conhece Antonio Celso Braga ?"
Respondi que sim e ela me contou, então, que você estava muito doente. Tinha saido do hospital e o seu estado era muito grave. Pegou o número do meu celular e disse que ia passar para você.
Bem, no outro dia falamos, você e eu, duas vezes pelo telefone.
Na primeira você disse " Oi Zé. Sou eu....."
Na segunda, eu liguei. Falamos mais um pouco e colocamos o papo mais ou menos em dia.
Prometi que ia vê-lo.
Não deu tempo.
Gabriela me ligou 2 dias depois e me disse:
"É, não deu tempo de você ver o seu amigo. Ele faleceu hoje de manhã..."
Pedi tempo para respirar... Peguei o endereço do velório e fui vê-lo, assim mesmo.
Lá lhe disse, segurando a sua mão:
"Oi Celso. Sou eu."
Hoje, 14 de novembro, digo,
Feliz Aniversário,
Meu amigo.