Querendo crescer, rodeado de gigantes.
Sou grande, bastante grande.
Maior do que pensei que pudesse ser.
Sou grande...
Mas não cresci em castelos ou com belas
mansões.
Cresci no caminho, nas trilhas;
Pedras, sempre tratei feito bolas;
As farpas, quase sempre, usei como lápis;
O chão empoeirado, muitas vezes, foi meu
caderno, a minha lousa.
Fiz das grutas, onde quase ninguém quis estar,
as minhas salas de aprender.
As dificuldades não driblo, não gosto de tomar
atalhos!
Sentimentos, não mascaro, ponho na cara!
Nunca fui triste, mas não fiz questão da alegria
exacerbada.
Só fico acabrunhado quando me fragmentam e
tentam me decifrar;
Agindo desta forma, só verão a minha porção
menor e, o que é pior, ficarão cada dia ‘mais
pequenos’!
Como eu queria ser maior que essa dor de amar
aquela ‘pequena’!
... E o tempo que me resta é tão pequeno!
Novembro de 2010.