Querendo crescer, rodeado de gigantes.

Sou grande, bastante grande.

Maior do que pensei que pudesse ser.

Sou grande...

Mas não cresci em castelos ou com belas

mansões.

Cresci no caminho, nas trilhas;

Pedras, sempre tratei feito bolas;

As farpas, quase sempre, usei como lápis;

O chão empoeirado, muitas vezes, foi meu

caderno, a minha lousa.

Fiz das grutas, onde quase ninguém quis estar,

as minhas salas de aprender.

As dificuldades não driblo, não gosto de tomar

atalhos!

Sentimentos, não mascaro, ponho na cara!

Nunca fui triste, mas não fiz questão da alegria

exacerbada.

Só fico acabrunhado quando me fragmentam e

tentam me decifrar;

Agindo desta forma, só verão a minha porção

menor e, o que é pior, ficarão cada dia ‘mais

pequenos’!

Como eu queria ser maior que essa dor de amar

aquela ‘pequena’!

... E o tempo que me resta é tão pequeno!

Novembro de 2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 08/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
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