Desolação
Estou preso em minha própria espera. Na inexistência de uma escolha, nas armadilhas que inventei. Perdido em meu desespero, confuso, desorientado, sonhando em tê-la comigo, ao meu lado; mesmo sabendo que isso não vai acontecer.
Destino... seria esse o nome dado às coisas que não têm solução? Eu me recuso a acreditar nisso tudo. Embora tenha minhas forças minadas a cada dia, com os violentos arranhões causados pelas expectativas frustradas. A dor que se sente por dentro é sempre a mais doída. É como se nada pudesse aliviar... nada.
As horas escorrem pelo ralo do tempo e posso vê-las seguindo o caminho do nada quando tenho diante de mim apenas aquela porta, que quase não abro, aquela janela, com as cortinas fechadas e o vazio ecoando em outras tantas madrugadas...