Este é um texto já escrito, mas como o grupo pode não conhecê-lo aproveito e reedito:
VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME FRIO
Queridinho,
É... Você deu-me uma bela esnobada... Será que é essa a palavra mesmo?
Fico daqui fazendo um replay e pensando em tudo o que aconteceu. E remôo lembranças, revolvo entulhos, tento achar o fio da meada, mas a história é muito louca para tentar colocar a mínima ordem...
Mas sou assim mesmo! Quanto mais complexo, mais me ocupo em pensar... Gosto sabe? Gosto de desafios, enigmas, palíndromos da vida... É!... É isso mesmo!...Você conseguiu fazer aparentemente o impossível! Fazer a vida virar um palíndromo.
Como é que é? Você nem sabe o que é isso? Pois por vingança, procure no dicionário. E quebre a cabeça, você!
Pensou que seria auto-suficiente, não pensou? Já viu que não é.
Deixou-me aí plantada dias a fio, a ouvir-lhe as mágoas, a fazer-lhe companhia, a corrigir seus textos, a desvendar seus contextos, ensinar a deslindar caminhos, serenar a alma e achar a paz.
Pensou que achou? Acho até graça... A lição era muito maior.
Perdeu a melhor parte dela. Pensou que já sabia tudo, chutou o balde e sem uma culpa sequer, deu por bem usado o que aprendeu.
Mas esqueceu-se da história da onça e do gato. Ensinei tudo, menos o pulo que daria no caso de você querer me eliminar.
E é aí que reside a minha vingança. Não me eliminou, não aprendeu tudo, e terá de amargar a lição e a lembrança. Permanecerei sempre presente em sua mente, como a única pessoa que pode lhe dar o resto do caminho... E se enredará nele.
Sabe por quê? Porque perdeu a chance de ter a quem recorrer.
Ou acha que ao estalar os dedinhos me terá de volta?
Já fui, menininho! Já estou longe!...Bem mais longe do que o lugar onde deve estar aí escondido.
E fico de lá, esperando que nem felina, para ver o que a vida vai fazer de você...
Você não me deu tempo de explicar o mais importante. Que o que lhe ensinei, não serve para ser levado para esse seu mundinho decrépito do “showçaite”... Isso mesmo show... Teria primeiro que aprender a ser normal, mesmo porque o glamour já acabou e aqueles tempos não retornam mais... Já era meu bem...
Lembra quando me disse que essa tal de alta sociedade, na verdade era mesmo podre? Que nada nela prestava, que a “suruba” era geral, tudo jogo de interesses?
Pois é, meu queridinho... O que lhe ensinei só funciona em ambiente limpo, de quem joga com a sinceridade. Quero ver o que vai fazer depois que mudei sua ótica! Não estará mais lá, e ainda não chegou aqui.
Podem até pensar que, ao lhe escrever essa carta, estarei dando-lhe a dica de graça... Mas aí é que reside a vingança, maquiavelicamente imaginada por mim.
E solto minha tremenda risada!
E alguém imagina que eu vou enviá-la a você?
Nunca, meu bem... Por pura vingança!
Vai me pagar bonitinho. Com juros e correção!
Boa sorte, guri!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Nem Vem Que Não Tem
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/nemvem.htm
VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME FRIO
Queridinho,
É... Você deu-me uma bela esnobada... Será que é essa a palavra mesmo?
Fico daqui fazendo um replay e pensando em tudo o que aconteceu. E remôo lembranças, revolvo entulhos, tento achar o fio da meada, mas a história é muito louca para tentar colocar a mínima ordem...
Mas sou assim mesmo! Quanto mais complexo, mais me ocupo em pensar... Gosto sabe? Gosto de desafios, enigmas, palíndromos da vida... É!... É isso mesmo!...Você conseguiu fazer aparentemente o impossível! Fazer a vida virar um palíndromo.
Como é que é? Você nem sabe o que é isso? Pois por vingança, procure no dicionário. E quebre a cabeça, você!
Pensou que seria auto-suficiente, não pensou? Já viu que não é.
Deixou-me aí plantada dias a fio, a ouvir-lhe as mágoas, a fazer-lhe companhia, a corrigir seus textos, a desvendar seus contextos, ensinar a deslindar caminhos, serenar a alma e achar a paz.
Pensou que achou? Acho até graça... A lição era muito maior.
Perdeu a melhor parte dela. Pensou que já sabia tudo, chutou o balde e sem uma culpa sequer, deu por bem usado o que aprendeu.
Mas esqueceu-se da história da onça e do gato. Ensinei tudo, menos o pulo que daria no caso de você querer me eliminar.
E é aí que reside a minha vingança. Não me eliminou, não aprendeu tudo, e terá de amargar a lição e a lembrança. Permanecerei sempre presente em sua mente, como a única pessoa que pode lhe dar o resto do caminho... E se enredará nele.
Sabe por quê? Porque perdeu a chance de ter a quem recorrer.
Ou acha que ao estalar os dedinhos me terá de volta?
Já fui, menininho! Já estou longe!...Bem mais longe do que o lugar onde deve estar aí escondido.
E fico de lá, esperando que nem felina, para ver o que a vida vai fazer de você...
Você não me deu tempo de explicar o mais importante. Que o que lhe ensinei, não serve para ser levado para esse seu mundinho decrépito do “showçaite”... Isso mesmo show... Teria primeiro que aprender a ser normal, mesmo porque o glamour já acabou e aqueles tempos não retornam mais... Já era meu bem...
Lembra quando me disse que essa tal de alta sociedade, na verdade era mesmo podre? Que nada nela prestava, que a “suruba” era geral, tudo jogo de interesses?
Pois é, meu queridinho... O que lhe ensinei só funciona em ambiente limpo, de quem joga com a sinceridade. Quero ver o que vai fazer depois que mudei sua ótica! Não estará mais lá, e ainda não chegou aqui.
Podem até pensar que, ao lhe escrever essa carta, estarei dando-lhe a dica de graça... Mas aí é que reside a vingança, maquiavelicamente imaginada por mim.
E solto minha tremenda risada!
E alguém imagina que eu vou enviá-la a você?
Nunca, meu bem... Por pura vingança!
Vai me pagar bonitinho. Com juros e correção!
Boa sorte, guri!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Nem Vem Que Não Tem
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