Adios amigo.

Quem imaginaria... a primeira vez que ouso lhe escrever algo afável e sincero, de um sentimento cultivado desde o berço, e, assim, "do nada", também será a última... É verdade que você também nunca escreveu-me algo ou disse elouquentemente alguma vez sobre nosso relacionamento "sobreirmão". Nunca foi necessário na verdade. Nossos atos diziam por nós mesmo, não é mesmo meu nobre amigo? Desde sempre você se tornou mais do que meu melhor amigo, mais do que meu melhor irmão, mais do que meu próprio pai... Eramos crianças e adultos ao mesmo tempo. Não consigo encher isso nas crianças que conheço nos dias atuais. Algo nos conectava como uma balança harmonicamente em equilíbrio, mesmo com tantas diferenças peculiares de aptidão - e até fisicamente. Eramos como os lados oposto de um imã, um polo negativo e um positivo, que só funcionava em total energia quando juntos - e como funcionva! Conectados mentalmente, a linguagem sempre nos foi dispensável.

Sinto que não deveria escrever esta carta, assim como sinto que deveria escrevê-la. Uma espécia de medo e desrespeito com necessidade e despedida. Você me conhece, sabe que nunca fui de acreditar em coisas do além. Mas como sei também sobre uma inclinação religiosa, não vou me estender a este assunto. A menos dizer que, onde quer que esteja, se poderes ler essa despedida, saberás que, embora não escrevi nem 1% do nosso convívio, é mais do que apenas uma descrição: sei que sabe do que estou falando, você sempre foi quem leu meus pensamentos melhor que ninguém.

Ademais, prometo não vender minha alma, nem minha honra, jamais. Tenho orgulho de ter sido seu melhor amigo. Obrigado por tudo! Pelo seu legado. Adeus amigo. Até breve. Se Deus quiser.

Deveras Louco
Enviado por Deveras Louco em 16/10/2010
Código do texto: T2559496
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