Insegurança.

Já me acostumei tanto com o sentimento de dúvida, que chego a duvidar das minhas próprias certezas. Esse sentimento de insegurança não quer sair de mim, e isso não me faz bem. Não queria ser assim. Sou hipossuficiente, não me basto. Ando a flor da pele. Embaralho-me em minhas próprias sinestesias. Busco a racionalidade, mas isso é insano. São tantas decepções ao decorrer da vida, que eu me tornei esse ser pessimista, cheia de melancolia e solidão. Às vezes chego a ficar com raiva de mim mesma, por carregar isso comigo. Sim, agradeço a Deus por tudo de bom que ele me trouxe. E em especial, agradeço por ele ter colocado uma pessoa iluminada no meu caminho. Tudo está indo tão bem, que chega a dá medo. Penso está vivendo um sonho... sonho que não quero acordar. Quanta agonia represada em tic-tac de relógio. Sabe o que me dói? Não sei. Não sei aonde, como, nem quando. Só sei que dói bem fundo. Sou tudo o que sinto, mas tudo que sinto é o que me destrói.

A distância e a dúvida às vezes se transformam em lentes tortuosas que acentuam detalhes insignificantes, abrem a alma para a inquietação e o tormento.

Iohanna
Enviado por Iohanna em 07/10/2010
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