Carta de uma jovem ao Futuro Presidente
Vitória, 22 de setembro de 2010.
Excelentíssimo Senhor Futuro Presidente (ou Excelentíssima senhora),
Venho por meio desta ao mesmo tempo fazer um apelo e uma crítica, uma comparação do que ainda não foi, e me perdoe se o ofendo com minhas palavras.
Mas como representante do povo, preciso tomar a liberdade de dar à V. Excelência alguns conselhos. Ora, o senhor deve estar se perguntando qual meu cargo para tomar tal liberdade, e à qual instituição pertenço. Pois bem, atualmente meu (infeliz) cargo é ser, como jovem, o futuro dessa instituição chamada Pátria. Porque, a meu ver, qualquer cidadão honesto o é.
Como agora já me apresentei, começarei com meu apelo. Peço-lhe para levá-lo em consideração com muita seriedade.
Excelência, não culpe as elites. Faça um governo para e pelo povo, por TODO o povo. Realize uma gestão justa, e lembre-se que as elites também aumentam nosso PIB. Não estou de forma alguma sugerindo que o senhor privilegie os que já já são privilegiados, apenas os conte também na sua proposta. Não esqueça de nenhuma das partes ou das regiões do seu povo e país: nem o Sul desenvolvido, nem o Nordeste carente. Lembre-se também dos índios, não os deixe à própria sorte.
Senhor presidente, antes de tudo, estude. Se não estudou até agora, estude a partir daqui. O senhor pode ter pais anafalbetos, como seu antecessor, e não falar tantas asneiras quanto ele, envergonhando o país. Não se esqueça que o senhor pode ter muitos acessores, mas na hora de ler o discurso, é seu dever fazer o povo acreditar no que está dizendo. É seu dever nos dar esperança. A oratória pode ser uma ótima arma se souber como usá-la.
Não finja que não viu algo errado em seu governo. Tenha um pouco de amor à você e ao seu país e admita que errou. Tenha orgulho de ser brasileiro; excelência, seja humano. E se desculpe por ter nos envergonhado.
Por fim, o último conselho que tenho a lhe dar é: seja ético. Seja honesto. Seja o que a maioria dos políticos não são, seja diferente. E não se vanglorie se o for, pois isso é apenas o dever de cada cidadão. Cuide para que seus próximos o sejam, e se não forem, os afaste.
Não nos envergonhe mais. Não nos afunde mais neste mar de lama. Não traga mais desesperanças aos jovens da nação. Ajude a si mesmo, poque o senhor também sofrerá as consequências de suas escolhas para o seu povo, um dia.
Esperançosamente,
A Pátria.