CARTAS AO MEU AMOR

Curitiba, 21 de setembro de 2010.

Oi, amor! Tá uma chuva aqui! Parece que sou eu quem chora de saudade! Legal, né? Parece poesia. Eu vejo poesia em tudo. Nas gotas de chuva, no clarão dos raios, no frio úmido que vem de fora. A janela embaça, desenho um coração nela pensando em você, você que nem lembra de mim, você que até hoje não sei se existe, você que desarvora meu peito, você que desata meus sentimentos.

Sabe, sinto uma enorme vontade de me abraçar, não sei o porquê de tanto amor por mim mesma! Tenho vontade de rir de mim mesma, mas é tão bom, tão bom ser feliz, que sinto que o mundo à minha volta é bom, tá, sei que não é o mundo é malvado. Mas, dentro de mim tudo é bom, tudo faz sorrir, tudo é alegria.

E, sabe por quê?

Porque você existe, porque o mundo existe, porque a chuva parou, mas ainda escorre pelo meu rosto, sim ela vem de dentro de mim, limpando densos sentimentos antigos, ela escorre meus ais, meus eus, meus nada. Meus nada e eu sou tudo. Que coisa essa de amor! Faz a gente enlouquecer de conclusões.

Beijocas, até breve.

PS : Eu te amo. ( nome de filme ) :)