À MARGARIDA REIMÃO
À Margarida Reimão.
Não, não, não...
Esta foi a palavra repetida por mim várias vezes, aos prantos, quando li o e-mail da tua partida.
Pela primeira vez fui egoísta e covarde dentro da nossa relação de amor/amizade.
Egoísta por querer-te aqui, a meu lado.
Covarde por não aceitar tua ida.
Sei que agora estás sem dor.Aquela que travou batalhas intermináveis contigo, testando a tua coragem e a tua força.Mas provaste todas as vezes que foi ela a nocauteada.
Sei também que não queres que eu fique nesse choro sem fim, desesperada, me sentindo abandonada.Mas como não ficar assim? Se perdi minha amiga, irmã, mãe, amada, pois era assim que muitas vezes te dirigias a mim, e eu sempre me sentindo tua, somente tua!
Hoje, encontro-me calma, calada, porém triste, tentando entender a razão de estar assim.Então, me lembro da tua força e é ela que envolve meu corpo, colocando no colo meu coração e apaziguando meu espírito.
Foram tantos e-mails, telefonemas, cartas, idéias...que até a eternidade esse nosso amor/amizade estará presente em nossas almas.
E pela primeira vez senti teu medo, medo de que eu fosse me esquecer de ti.Por esse motivo, partiste no dia do meu aniversário: 05 de abril de 2005.
Cármen Neves.
Esta carta, faz parte da antologia " O Amor Que Move O Sol E Outras Estrelas".
Lançamento oficial no Brasil,na Academia Brasileira de Letras , no Rio de Janeiro RJ, em 11 de outubro de 2005, e na Bienal Internacional do Livro de São Paulo SP - no dia 17 de março de 2006, no pavilhão do Anhembi, das 14 as 17 horas, no estande da Editora Scortecci.Estarei presente em ambas, se Deus assim permitir.