A um amigo que parte

Salvador, 01 de setembro de 2010

A um amigo que parte

A bagagem nem sempre está repleta de roupas e pertences valiosos, se isso lhe preocupa. O meu desejo é que ela esteja abarrotada de esperança, fé incontida, e uma sensação de vitória que provavelmente deve estar cercando-lhe desde o momento em que você vislumbrou o horizonte do seu sonho se descortinando.

É possível que algumas lágrimas insistam em rolar sorrateira ou copiosamente, mas, a felicidade de ir em busca do que tanto se almeja, fará desse momento uma doce lembrança, uma forma de canção para embalar sua trajetória. Assim espero e vibro por você, e, por mim, enquanto criatura privilegiada por partilhar de alguns instantes de sua vida.

Despeço-me. Não desejo prolongar-me, pois, faço de conta que não sinto um aperto no coração, uma preocupação típica de amigos que se distanciam no espaço.

Um longo e já saudoso abraço,

Marcia.