Carta de um coração cansado

“Obrigado pela oportunidade, pela liberdade concedida, tempo tão curto tenho que cuidar dele com carinho...”

Essa frase grudada em minha cabeça com uma cola daquelas impossíveis, eternizada no papel pra tentar me convencer de que foi melhor assim, a culpa não desaparece de mim (mesmo que queira) nós nos culpamos, sempre pensamos que deveríamos ter feito algo,mesmo quando já tínhamos entendido que o amor adoecera e morrera como tempo...

Procuramos culpados,fazemos o julgamento...foi dado o veredito,amor morto e enterrado,o que fazer agora?mais nada...Se um gato morto é triste como já dizia Vinicius imagine um amor cultivado com tanta dedicação, esforço e paciência...

Esperamos por um amor que não vem...acho que nunca virá,porque ficar se iludindo assim? E o mais importante as vezes fica esquecido.

Adoecemos nós meu caro,doença que nos faz termos expectativas demais,não entendemos que cada qual tem seu modo todo especial de ser(somo únicos) ou até mesmo quando nos colocamos em uma redoma de vidro somente para nos proteger do futuro que nos aguarda...ninguém gosta de sofrer.

Tanta gente olhando as coisas mais superficiais e tolas desta vida...uma boa aparência,ser parecido com aquele outro,ter isso,só serei feliz se tiver tudo isso e for outro alguém...se for quem eu sou vou ser julgado...pra esses o coração está em segundo plano.Ninguém poderá enganar-lo porque o que trazes nele mostra quem você é...e o tempo passará e isso não conseguirás esconder. Esta tristeza incontida aqui vai pulsar ,compreendemos que a maturidade se atrasou um pouco,o que representamos um pro outro?isso já não interessa mais.Sei que fui feliz,me entreguei(me orgulho disso)não fui covarde tive a coragem de amar sem medidas.

Tudo se resumiu a algo tão superficial e nem mesmo aproveitamos como deveríamos...nos amores nunca temos uma segunda chance para repetir algo,erramos e aquele erro se transforma em mágoa e elas não serão esquecidas somente perdoadas e arrancadas a força do coração que teima em querer dar abrigo a elas.

Olha o que nos tornamos,um reflexo das decepções que tivemos,nos enganamos,nos iludimos,nos transformamos em um corpo vazio sem um coração que demonstra sentimentos.

Somente lhe peço que ame de verdade,não há vida sem amor...não há como escapar dele...vamos demonstrar-lo mais dia ou menos dia e que não seja pela metade que não seja essa força destruidora que nos leva para longe de nós...e que possamos nos amar primeiro então só assim amar quem for.

“vou seguir (já refeita depois da tempestade) com o coração ainda machucado,prometo cuidar-lo com carinho,tempo porque es tão traiçoeiro?porque me fazes esperar tanto?”

Gaby Anile
Enviado por Gaby Anile em 31/08/2010
Reeditado em 19/11/2010
Código do texto: T2469747
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.