Olhando pessoas.

Sou o amor de quem me quer, mesmo sem

jamais ter falado de sentimento;

Sou o doce de quem gosta de mim, mesmo

sem ser feito de açúcar ou ter sabor de mel;

Sou o pesadelo de quem me detesta, mesmo

sem ter feito ou dito nada;

Sou o pecado de quem me despreza, mesmo

sem dizer blasfêmia;

Sou o objeto de escárnio de quem me acha

engraçado, mesmo sem saber contar piadas;

Sou a placa de quem me rotula, mesmo sem

ostentar publicidade alguma.

Nossa!

Nem eu mesmo sabia que era tanta coisa!

Agosto de 2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 28/08/2010
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