Olhando pessoas.
Sou o amor de quem me quer, mesmo sem
jamais ter falado de sentimento;
Sou o doce de quem gosta de mim, mesmo
sem ser feito de açúcar ou ter sabor de mel;
Sou o pesadelo de quem me detesta, mesmo
sem ter feito ou dito nada;
Sou o pecado de quem me despreza, mesmo
sem dizer blasfêmia;
Sou o objeto de escárnio de quem me acha
engraçado, mesmo sem saber contar piadas;
Sou a placa de quem me rotula, mesmo sem
ostentar publicidade alguma.
Nossa!
Nem eu mesmo sabia que era tanta coisa!
Agosto de 2010.