Carta para meu coração

E hoje, quando a vi, depois de longos dias, maçantes e perturbadores, eu finalmente...

Não vi nada de especial, pelo contrario! Vi defeitos, erros, de todos os gêneros, vi mais um ser humano, do tipo que costumo ver todos os dias, ela era comum novamente, e só agora, depois de voltar à minha casa é que percebi isso! Nada de frio na barriga nem devaneios sem motivo, sonhos impossíveis ou esperanças infundadas, hoje reconheci somente a minha amiga, aquela a qual aprecio a presença, e mais nada! Ainda a acho bonita, entre outras coisas, mas não perfeita, muito menos merecedora de minha admiração irracional e exagerada.

Como ansiava por esse momento, o fim do encanto que me amaldiçoava, agora seguirei meu caminho sem a menor dor na consciência, se escrevo agora é por pura surpresa, já havia desistido de esquecê-la, e o sonho simplesmente se dissipou, uma nuvem que é desmanchada pelo vento. Não encontrei uma substituta para essa minha deusa caída, pois dessa vez não pretendo, agora quero amar uma pessoa real, sem ilusões infundadas, quero cumplicidade e sinceridade, só que sem a menor pressa, tudo a seu tempo, experimentarei cada situação ao máximo, pacientemente.

Ah! Como será bom dormir hoje, tranqüilo, cabeça no travesseiro pensando somente no amanha, nada de arrependimentos ou mágoas por oportunidades passadas, sonhar apenas com o futuro que se mostra cada vez mais tão promissor, seja bem vinda paz! Não me abandone novamente!