CARTAS NA MESA

Foram-se, os anos em que o procurei, dentro de uma vasta e fértil comunicação amorosa. Tentei de várias formas... amontoar no seu coração o centro do meu universo, mas as tuas resistências alcançaram rumo maior, não permitindo o meu acesso aos recifes do teu tempo.

Na ciência do amor, ainda me encontro. Cheia de vitalidade e convicta de que a energia que o torna tão constante é, a que mais se fortalece com o silêncio. Sei que mesmo se quisesse não conseguiria afastá-lo de minha admiração, pois a concentração de nossa realidade está mais do que nunca, instalada no entusiasmo de minha alma. Dentro... algo me diz que você me vê, mas não deseja na tendência confusa de tua razão, a minha presença pulsante de alegria. Você percebe também o meu temperamento poético, adere ao meu romantismo elevado, porém não permite expandir a extensão inquieta da emoção que o toca com profundidade. E no drama ilustrado do meu individualismo, procuro desesperadamente a semente que deu origem ao fruto sagrado dessa atração, porque na verdade não recordo o dia e nem à hora em que, o eco de sua voz tocou com serenidade a minha disponibilidade de ação. Também não saberia responder: Quem foi que deu a permissão para que eu o colocasse na atmosfera do meu impulso vital?

E Quem o instalou com tamanha frequência no âmago do meu sentimentalismo?

Tenho refletido sobre muitas coisas e, sobretudo sobre o teu campo receptivo. Há muito que pensar e, principalmente, o fato que você consegue me isolar por completo de sua existência e, nem me considera pelo ângulo admissível da sintonia em questão. Fica aí, contemplando o meu céu, mas não põe as mãos sobre o que nos cativa, para ir adiante do conteúdo e, fazer surgir um novo raio de esperança a cada dia. Também, admira minhas estrelas, mas quanto a nossa concepção de possibilidades, não exerce qualquer estímulo que venha ser a luz no final do túnel.

Você pode certamente me amar, eu não ouso duvidar de tuas falas, mas não fazes prevalecer o sentido da eternidade no que pretendes manifestar. Para mim, falta o cosmos e para ser mais clara, a palavra só não basta, há que melhorar os caminhos de coração através da intimidade, para transpor distâncias, barreiras e qualificar provavelmente, o espaço de ambos.

Então, eu te direi que, é necessário deixar ser contido de amor e no amor aprofundar todo o significado da vida.

Amamo-nos. Completamos a unidade e, a evidência desse amor é altamente comprovada entre a narrativa da odisséia sentimental. Crescemos com tudo isso. Há uma contagiante filosofia... um certificado de céu conservando a estima com tanto amor que será impossível perder de vista a sintonia de tamanho sentimento.

Quanto a mim, continuarei na minha firmeza de caráter, amando-te como sempre o amei. Sem me deixar levar pelas contingências do cotidiano nem pelas convenções que teimam tanto em nos afastar.

Volto a repetir e se necessário for, quantas vezes a graça me permitir:

Eis me aqui! Na atmosfera do amor, porque eu sei que a qualquer hora a, nossa hora irá se aproximar e, tudo será digno da: Consequência de nossa integridade!

Juntos... somos um corpo e eu irei com você, até onde você for. Eu confio no poder do amor e acredite, ele jamais irá me decepcionar. Nesse caso, apenas peço-te: Que na fortaleza da paz, procure compreender minhas palavras e num silêncio maior sinta a verdade do que com toda franqueza eu te comunico.

Amo você e sempre irei te amar. Eu amo você e esse amor é pra sempre.

Eu amo você!

Tua: Cristina Maria.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 25/08/2010
Reeditado em 18/11/2016
Código do texto: T2459189
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